Artefilosofia (Apr 2017)
Conhecimentos que se tocam: semelhanças entre processos de análises musicais e as práticas interpretativas
Abstract
Em uma breve refl exão, este artigo aponta algumas semelhanças entre os processos de análises musicais e as práticas interpretativas (construção de performances). Considerando ambos como movimentos para a compreensão, sugere-se sua interação em uma relação de complementaridade, diversa daquela noção – equivocada – que dissocia estas duas formas fundamentais de aproximação de uma música. O ato de tocar (incluindo-se aqui os momentos de preparação/estudo) envolve e não se dá de maneira desvinculada de processos analíticos. Partindo da premissa básica de que compreensão musical é primordialmente não-verbal, este trabalho toca em pontos importantes para os músicos-analistas ao abordar questões como a verbalização e o conhecimento em/sobre música e o grau de abertura intrínseco a qualquer tipo de partitura.