Rev Rene (Jan 2018)
Acesso de lésbicas, gays, bissexuais e travestis/transexuais às Unidades Básicas de Saúde da Família
Abstract
Objetivo compreender o acesso de lésbicas, gays, bissexuais e travestis/transexuais às Unidades Básicas de Saúde da Família.Métodos pesquisa qualitativa, realizada com 54 usuários(as). Utilizou-se entrevista semiestruturada e o teste de associação livre de palavras. Os dados foram processados pelo software IRaMuTeQ® e submetidos à técnica de Análise de Conteúdo na modalidade temática.Resultados emergiram seis categorias: Silenciamento quanto à orientação sexual e identidade de gênero - o acesso é facilitado desde que não se revelem; Invisibilidade e indiferença aos marcos políticos legais- antagonismo entre o paradigma pensado e executado; Manifestações homofóbicas e efeitos no acesso - uso restrito do serviço; Constrangimento e distanciamento - afastamento e busca por serviços privados; Práticas des(humanizadas) e antiéticas - falta de sensibilização, sigilo; e Estigma e acesso - permanência de estigmas entre Síndrome de Imunodeficiência Adquirida e homossexualidade.Conclusão o acesso desta população aos serviços de saúde é limitado, permeado por intolerância, constrangimentos e posicionamentos aéticos e excludentes.