Acta Scientiarum: Agronomy (Apr 2008)
<b>Freqüência dos insetos na polinização e produção de algodão</b> - DOI: 10.4025/actasciagron.v26i4.1808
Abstract
Este experimento foi conduzido no Centro Universitário Moura Lacerda, Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, e teve como objetivos estudar a freqüência e o comportamento dos insetos visitantes nas flores do algodoeiro (Gossypium hirsutum L.), bem como o tipo de coleta (néctar e/ou pólen) desses insetos nas flores e o efeito dessas visitas na produção do algodão (número de maçãs e de sementes por maçã). Para isso, a cultura ficou em observação em março de 2002, nos primeiros cinco minutos em cada horário, das 8h às 17h, com três repetições (dias distintos). Também foram marcados 50 botões florais, sendo que 25 foram protegidos com sacos de papel e 25 permaneceram desprotegidos para avaliar a influência dos insetos na frutificação. As flores do algodoeiro abriram entre 8h e 9h e fecharam entre 17h e 18h. Os insetos observados nas flores foram a abelha Apis mellifera scutellata (africanizada) (50,3%), seguida do coleóptero Diabrotica speciosa (brasileirinho) (40,8%), outros himenópteros (5,0%), outros coleópteros (1,7%), lepidópteros (1,1%) e a abelha Trigona spp. (irapuá) (1,1%). Com exceção da abelha africanizada e da irapuá todos os insetos coletaram exclusivamente néctar nas flores. As abelhas africanizadas preferiram coletar néctar (95,6%), visitando as flores das 9h às 16h, com pico de freqüência às 13h. O brasileirinho visitou as flores das 8h às 17h, tendo um pico de freqüência às 15h. O número de maçãs não diferiu entre os tratamentos (protegido e desprotegido), entretanto, o número de sementes por maçã foi maior no tratamento desprotegido (29,45 sementes/maçã, em média) que no protegido (20,65% sementes/maçã, em média). A abelha africanizada foi considerada polinizadora efetiva da cultura
Keywords