RUS (São Paulo) (Jun 2020)

Retratos da vida

  • Hugo Lenes Menezes

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2317-4765.rus.2020.154250
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 15

Abstract

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O Impressionismo não constitui estilo exclusivo das estéticas plásticas, pois outras manifestações artísticas da etapa finissecular oitocentista e da Modernidade são tocadas pela tendência. Na Belle Époque, praticamente todos os artistas, literários ou não, são-lhe tributários. Entre os literatos lusófonos, destacamos Raul Pompeia, o último Machado de Assis e Eça de Queirós; Graça Aranha e Adelino Magalhães; todos no gênero narrativo. De línguas estrangeiras e mesmo gênero, mencionamos Edmond e Jules Goncourt, a pintar descrições cromático-verbais; Marcel Proust e Thomas Wolfe, num memorialismo das sensações; e Henry James, da perspectiva do impreciso. No teatro, citamos Anton Tchekhov, identificado com uma filosofia do momento. Dessa maneira, no presente artigo, abordamos o gênero dramático, sobretudo na Modernidade, em relação à pintura impressionista, mais exatamente numa visada sobre criações tchekhovianas para representação no palco, e detemo-nos por fim, com mais vagar, numa abordagem da peça As três irmãs (1901), obra-prima universal do Impressionismo cênico.

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