Revista CEFAC (Apr 2016)

Autopercepção da função glótica e análise perceptivoauditiva de professores de escolas municipais

  • Elisângela Santos Carregosa,
  • Vanine Leal Silva,
  • Aline Brito,
  • Rodrigo Dornelas,
  • Roxane de Alencar Irineu

DOI
https://doi.org/10.1590/1982-0216201618211215
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 2
pp. 481 – 490

Abstract

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RESUMO Objetivo: correlacionar dados da análise perceptivoauditiva e da autopercepção da função glótica de professores de escolas municipais. Métodos: participaram deste estudo 52 professores de ambos os sexos, sendo 39 mulheres (75%) e 13 homens (25%) de escolas municipais da cidade de Lagarto, na faixa etária compreendida entre 24 e 54 anos. A coleta de dados foi realizada nas escolas em duas etapas: aplicação do questionário de autoavaliação Índice de Função Glótica e do protocolo de avaliação fonoaudiológica perceptivoauditiva da voz. Os dados foram analisados quantitativamente e organizados em um banco de dados e receberam tratamento estatístico. Resultados: o estudo apontou 80% de alteração vocal em professores segundo avaliação perceptivoauditiva da voz e 59,6% de alteração vocal autorreferida pelos professores na função glótica. Foi constatada que as principais queixas dos professores são referentes aos itens "fadiga vocal" e "voz quebra ou está diferente" e os sinais vocais mais observados pelos especialistas são "tensão" e "rouquidão". Não houve correlação estatisticamente significante entre os instrumentos utilizados. Conclusão: a ausência de correlação entre os instrumentos pode ser justificada como uma dessensibilização do professor quanto ao problema vocal, ocasionada pela adaptação à nova voz alterada. Com isto, torna-se de extrema importância a atuação fonoaudiológica para garantir a autopercepção e saúde vocal.

Keywords