Pistis & Praxis: Teologia e Pastoral (Sep 2010)

Valorizando a educação ancestral do povo Ye’Kuana

  • Eleusa Socorro do Carmo Ferreira,
  • Afonso Maria Ligorio Soares

DOI
https://doi.org/10.7213/pp.v2i2.14429
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 2
pp. 435 – 447

Abstract

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O presente artigo faz uma breve apresentação do povo Ye’Kuana. Mostra a evolução do olhar do Estado venezuelano sobre os povos indígenas, desde a anterior Constituição de 1961 até a atual, promulgada em 1999. Aquela de 1961, em nome do “desenvolvimento” propõe a formação de um Estado homogêneo e a dissolução das culturas indígenas. Já nessa de 1999, o Estado se define como multiétnico e pluricultural, e, portanto, as culturas dos povos indígenas são reconhecidas e contempladas. A partir da Nova Constituição, as antigas lutas por uma Educação que valorizasse as culturas ancestrais vêm ganhando força e reconhecimento do Estado. Prova disso são os 12 artigos sobre a Educação Intercultural Bilíngue presentes na “Lei Orgânica de Povos e Comunidades Indígenas”. Por fim, o artigo apresentará sinteticamente o conteúdo do Guia Pedagógico, subsídio destinado à educação de crianças e jovens Ye’Kuana, que faz uma síntese da cultura deste povo com ênfase no modelo de Educação Tradicional. A título de exemplo se mencionará a adoção do novo Calendário Escolar, que surgiu de uma sugestão presente no Guia Pedagógico.

Keywords