Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia (Oct 2019)

Análise bioeconômica do farelo de arroz na recria de bezerras de corte em azevém

  • L.G. Amaral Neto,
  • L. Pötter,
  • M.G. Rocha,
  • M.F. Silva,
  • J.M. Vicente,
  • P.R. Salvador,
  • M.J.O. Sichonany,
  • V.B. Rosa

DOI
https://doi.org/10.1590/1678-4162-10107
Journal volume & issue
Vol. 71, no. 4
pp. 1403 – 1410

Abstract

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RESUMO Objetivou-se avaliar a economicidade, o desempenho produtivo e o desenvolvimento das estruturas corporais relacionadas ao trato reprodutivo de bezerras de corte mantidas exclusivamente em pastagem de azevém (Lolium multiflorum Lam.) ou em pastagem de azevém recebendo 0,5 e 1,0% do peso corporal (PC) de farelo de arroz integral (FAI) como suplemento. O método de pastejo foi o rotativo, e o intervalo entre pastejos foi estabelecido considerando-se a soma térmica necessária para a emissão de 1,5 folha de azevém (187,5ºC). O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, com medidas repetidas no tempo. O ganho médio diário das bezerras não diferiu entre os sistemas alimentares. A taxa de lotação e o ganho de peso por área foram maiores quando as bezerras receberam 1,0% do PC de farelo de arroz integral. A maior margem bruta foi observada quando as bezerras receberam 0,5% de FAI. O custo variável obtido para os diferentes sistemas alimentares apresentou comportamento crescente em função dos níveis de FAI, superando o uso exclusivo do azevém em 49,4% e 81,8%. O peso corporal final, o escore de condição corporal e o escore do trato reprodutivo não diferiram entre os sistemas alimentares. Considerando-se um animal adulto com peso corporal médio de 450kg, as bezerras ao início do experimento apresentaram 34% do peso corporal adulto e peso corporal final médio de 56% do peso adulto. A utilização de níveis de farelo de arroz integral (FAI) na recria de bezerras de corte sob pastejo rotativo em azevém não modifica o ganho médio diário e o escore do trato reprodutivo. O fornecimento de 1% de FAI mostrou efeito substitutivo, proporcionando um incremento de 31,2% na taxa de lotação e de 38,3% no ganho por área. O sistema alimentar AZ0,5 permitiu uma maior margem bruta; já o retorno financeiro direto foi positivo em todos os sistemas alimentares, com melhor retorno calculado para o uso exclusivo do azevém.

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