Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: ANÁLISE DE DADOS DE 60 HOSPITAIS PARTICULARES DA GRANDE SÃO PAULO

  • AA Magagna,
  • DSF Costa,
  • FM Melo,
  • CF Antonio

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S841 – S842

Abstract

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Objetivo: As transfusões sanguíneas são procedimentos frequentemente realizados em pacientes pediátricos, necessitando de cuidados especiais devido à sua susceptibilidade a complicações. Este estudo investiga as reações transfusionais em crianças de 0 a 12 anos em 60 hospitais particulares da Grande São Paulo. Com base em dados coletados ao longo de três anos, o estudo visa identificar: os tipos de reações mais comuns, hemocomponentes envolvidos e a faixa etária predominante. Contribuindo para melhorar a segurança e eficácia das transfusões nessa população. Métodos: Dados obtidos a partir dos registros no sistema de 60 hospitais particulares da Grande São Paulo, no período dos últimos 3 anos. Classificando em: o tipo de reação transfusional, hemocomponente envolvido e a prevalência pela faixa etária entre 0 a 12 anos. Resultados: Registrado 57 reações transfusionais durante o período de estudo, sendo: Reação alérgica (RA) 35 casos (61,4%); Reação febril não hemolítica (RFNH) 19 casos (33,3%); Sobrecarga volêmica 2 casos (3/5%); Reação tardia não especificada 1 caso (1,8%). Dos hemocomponentes envolvidos, foram: Concentrado de hemácias filtrado e irradiado, 23 casos (40,4%); Concentrado de plaquetas filtrado e irradiado, 18 casos (31,6%); Concentrado de hemácias por aférese filtrado e irradiado, 9 casos (15/8%); Concentrado de hemácias filtrado, 5 casos (8,8%); Concentrado de plaquetas filtrado, 1 caso (1,8%); Plasma fresco congelado, 01 caso (1,8%). Ao analisar a faixa etária, dividida em grupos, foram: De 0 a 3 anos, 22 casos (38,6%), sendo elas: RFNH 10 casos, RA, sobrecarga volêmica 2 casos, e reação tardia não especificada 01 caso; De 4 a 6 anos, 10 casos (17,5%), sendo: RA 06 casos e RFNH 04 casos; De 7 a 9 anos, 14 casos (24,6%), sendo: RA 09 casos e RFNH 5 casos; De 10 a 12 anos, 11 casos (19,3%) de RA. Discussão: A análise dos dados revelou que as RAs foram as mais frequentes entre as crianças, seguidas por RFNH. A ocorrência dessas reações variou significativamente entre os diferentes tipos de hemocomponentes, destacando a importância das práticas de filtragem e irradiação para minimizar complicações transfusionais. A identificação de casos de sobrecarga volêmica ressalta a necessidade de monitoramento rigoroso, durante as transfusões em pacientes pediátricos, especialmente em unidades de terapia intensiva e a faixa etária que 0 a 3 anos. Este estudo contribui para o entendimento das reações transfusionais específicas em pacientes pediátricos, enfatizando a importância da vigilância contínua e da implementação de protocolos de segurança para melhorar os resultados clínicos, visto que reações nesta faixa etária são difíceis de serem identificados pela imaturidade fisiológicas. Recomenda-se a adoção de estratégias preventivas para reduzir a incidência dessas reações e promover a segurança das transfusões sanguíneas. Conclusão: Este estudo fornece insights importantes sobre as reações transfusionais em pacientes pediátricos na região da Grande São Paulo, destacando a necessidade de estudos adicionais para validar e expandir esses achados. A implementação de protocolos padronizados e a educação contínua dos profissionais de saúde, são fundamentais para mitigar os riscos associados às transfusões e garantir cuidados de qualidade para crianças em situações clínicas vulneráveis.