Saber & Educar (Nov 2009)
Educação Especial, Estigma ou Diferença?
Abstract
O direito à diferença enquadra-se na actual geração dos direitos humanos, denominados direitos desolidariedade que incluem o direito à paz, à escola, à infância, à cidade, ao ambiente, à identidade humana,ao património comum da humanidade, à informação e à comunicação, ao desenvolvimento e aproximaçãodos povos. Todos eles procuram fazer a síntese do Homem enquanto homem e enquanto cidadão econceptualizam o cidadão como mola do processo das várias dimensões do desenvolvimento. O direito àdiferença consubstancia-se na efectiva interacção e na relação construtiva e proactiva de todos os cidadãos.A Educação Especial, remontando ao período do seu nascimento, no início do século XIX, surge nohorizonte da evolução das atitudes da sociedade face à presença no seu seio de indivíduos com deficiências,constatando-se que tais atitudes estiveram sempre intimamente ligadas a factores económicos, sociais eculturais de cada época.A preocupação de separação e protecção dos indivíduos deficientes em ambientes segregados, primeiro, e adecisão de integração com apoios centrados no aluno, depois, tornaram-se estigmatizantes, capazes deevidenciar as incapacidades, os défices e não as similaridades entre os seres humanos.Nessa linha evolutiva, nas linhas de força e nas actuações da Educação Especial de hoje, poderão ser lidosalguns sinais de que se pretende romper com estigmas e salvaguardar e garantir o direito à diferença doaluno-pessoa e do aluno-cidadão.
Keywords