Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (Jul 2016)
Influência do treinamento resistido sobre a aptidão cardiorrespiratória em idosos
Abstract
Muito já se conhece sobre os efeitos do treinamento contrarresistência em jovens, mas ainda pairam dúvidas sobre sua influência na melhoria do sistema cardiorrespiratório, principalmente quando se trata de indivíduos mais velhos. Assim, o presente estudo teve por objetivo verificar a influência do treinamento resistido sobre a aptidão cardiorrespiratória de idosos. Participaram do estudo 10 indivíduos idosos (69 ± 5,4), sedentários, de ambos os sexos. A massa corporal, a estatura, a força muscular isocinética e o consumo de O2 em um teste cardiorrespiratório sub-máximo foram coletados antes e após cinco meses de treinamento contra resistência. Para comparação das variáveis observadas foi aplicado um Teste T para medidas repetidas. Um p≤0,05 foi adotado para determinar o nível de significância. Houve diminuição significativa do consumo de O2 relativo (p=0,003) e total (p=0,002) para o mesmo esforço realizado, uma vez que o tempo gasto para a realização dos dois testes não foi estatisticamente diferente (p=0,08). Não houve diferença significativa no acréscimo de força isocinética após os cinco meses de treinamento. Conclui-se que o treinamento resistido pode ser considerado um meio eficaz para o desenvolvimento da capacidade aeróbia de idosos, ao menos dos mais frágeis. ABSTRACT Influence of resistance training on cardiorespiratory aptitude in elderly people Much is already known about the effects of resistance training on young people. However, there are still questions regarding its influence on cardiorespiratory system improvements, especially in older individuals. Thus, the present study has the objective of verifying the influence of resistance training on the cardiorespiratory aptitude of elderly people. 10 sedentary individuals of both sexes, aged 69 ± 5.4 years, participated in the study. Their mass, height, isokinetic strength and oxygen consumption in a submaximal cardiorespiratory stress test were measured before and after five months of resistance training. In order to compare the variables that were observed, a T test for repeat measurements was used and the level of significance was established as p≤ 0.05. There was a significant reduction of relative (p=0.003) and total (p=0.002) oxygen consumption for the same expenditure of effort, considering that there was no obvious change between tests in the time spent on the evaluation (p=0.08). There was no significant increase of isokinetic strength after the five months of training. We conclude that resistance training may be considered an efficient means for developing aerobic capacity in elderly people, at least for the more fragile individuals.