Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2024)
Moderately intense physical exercise alleviates electrocardiographic changes induced by cisplatin in rats
Abstract
Introduction and objective: Cisplatin induces many collateral effects such as gastrointestinal disorders, nephrotoxicity, and dysautonomia. Recently our group showed that cisplatin treatment induces gastric emptying delay and that physical exercise and treatment with pyridostigmine prevent this change. In the current study, we investigated the role of moderate exercise on cardiac activity and autonomic balance in rats treated with cisplatin. Methods: Male Wistar rats were divided into saline, cisplatin, exercise, and exercise+cisplatin groups. Cardiac and autonomic disorders were induced by (cisplatin – 3 mg/kg, i.p. once a week/per 5 weeks). Exercise consists of swimming (1 hour per day/5× day per week/per 5 weeks without overload). Forty-eight hours after the last session of the training or treatment, we assessed the cardiac activity and HRV via electrocardiogram analysis in DII derivation. Results: Cisplatin increase (p<0.05) R–R′ interval and decrease (p<0.05) heart rate vs. saline. Exercise+cisplatin prevented (p<0.05) changes in R–R′ interval. Exercise per se induced bradycardia vs. saline group. We observed an increase in LF (nu) and a decrease in HF (nu) in the cisplatin group vs. saline. These changes were not significant. Moreover, cisplatin treatment increased (p<0.05) QT, QTc, and JT intervals compared with the saline group. In the exercise+cisplatin groups these increases were prevented significantly (p<0.05). Conclusion: In the current study, chronic use of cisplatin induced electrocardiographic changes without altering autonomic balance. Moderate physical exercise prevented this phenomenon indicating that exercise can be beneficial in patients in chemotherapy. Resumo: Introdução e objetivos: O uso crónico de cisplatina induz diversos efeitos colaterais, como distúrbios gastrointestinais, nefrotoxicidade e disautonomia. Recentemente o nosso grupo demonstrou que o tratamento com cisplatina induz diminuição do esvaziamento gástrico e que o exercício físico bem como o tratamento com piridostigmina previnem essa alteração. No presente estudo, investigamos o papel do exercício moderado sobre a cardiotoxicidade e no equilíbrio autonómico em ratos tratados com cisplatina. Métodos: Utilizamos ratos machos wistar divididos em: Controlo, Cisplatina, Exercício e Exercício + Cisplatina. A cardiotoxicidade foi induzida por (Cisplatina 3 mg/kg, i.p 1x/semana/5 semanas). O exercício consiste em natação (1-h/dia/5x/semana/5 semanas sem sobrecarga); 48 horas após a última sessão do treinamento e/ou tratamento, avaliamos a atividade cardíaca e a VFC através da análise de ECG na derivação DII. Resultados: Cisplatina aumenta (P < 0,05) intervalo R-Ŕ e diminui (P < 0,05) FC versus ratos controlo. Exercício + Cisplatina previne (P < 0,05) as alterações no intervalo R-Ŕ. Exercício per si induz bradicardia versus grupo controlo. Observamos aumento de LF (nu) e diminuição de HF (nu) no grupo cisplatina versus controlo. No entanto, essas mudanças não foram significativas. Além disso, o tratamento com cisplatina aumentou (P < 0,05) os intervalos QT, QTc e JT em comparação com o grupo controlo. Os grupos exercício + cisplatina previnem significativamente (P < 0,05) esses aumentos. Conclusão: No presente estudo, o uso crónico de cisplatina induz alterações no electrocardiograma sem modificar o balanço autonómico nos grupos estudados. O exercício físico de intensidade moderada preveniu esse fenómeno, indicando que o exercício pode ser benéfico em pacientes em quimioterapia.