ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (Sep 2008)

Endoscopic treatment of choledochal cyst type III Tratamento endoscópico de cisto de colédoco do tipo III

  • Matheus Alessi Rodrigues,
  • Alexandre Venâncio de Sousa,
  • Ciro Falcone,
  • Gabriel Coelho,
  • Durval Knox da Veiga,
  • Mário Zaidan,
  • Francisco Callejas-Neto,
  • Roberto Franchi Teixeira

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-67202008000300010
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 3
pp. 139 – 141

Abstract

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BACKGROUND: Todani type III cysts are not very common disease. Endoscopically the choledochocele is not a challenging diagnosis. Sometimes biliary stone disease is associated and events of cholangitis and pancreatitis may occur. Normally these patients are referred for surgical treatment, mainly because there is a widespread concept that choledocal cysts are very prone to develop neoplasia and must be resected. Nevertheless surgical resection is not free of morbidity. The chance for neoplasia in such cases seems to be related to the presence of pancreaticobiliary reflux towards the common bile duct. AIM: To report a case of endoscopic treatment of choledochal cyst type III with literature review. CASE REPORT: Young man with recurrent abdominal pain, fever and hyperamylasemia. An ERCP showed pancreaticobiliary maljunction and calculus impaction. Papillotomy was performed and complete biliary clearance was achieved. Amylase contents in the common bile duct was measured and normal. Due to absence of pancreatiobiliary reflux, a second endoscopic approach was performed and a wide communication between choledochocele and duodenum was done with diathermy (using the papillotome). The patient recovering was uneventful and in 30 months follow-up he remains asymptomatic. CONCLUSION: Since pancreatobiliary reflux is not present, surgical approach of the diverticulum seemed to be not necessary. Endoscopic drainage of choledococele was a good option for conservative treatment.INTRODUÇÃO: Cisto de colédoco do tipo III de Todani não é doença muito comum. Eventualmente pode ocorrer a presença de doença biliar calculosa, que nestes casos estaria associada a eventos de colangite e pancreatite. Normalmente estes pacientes são conduzidos ao tratamento cirúrgico, principalmente porque há conceito difundido de que os cistos de colédoco são muito propensos a desenvolver neoplasia e que a sua presença indicaria ressecção cirúrgica. A chance para neoplasia parece estar relacionada à presença de refluxo do conteúdo biliopancreático para o ducto biliar comum. OBJETIVO: Relatar um caso de tratamento endoscópico de cisto de colédoco do Tipo III, bem como realizar revisão da literatura sobre o tema. RELATO DO CASO: Homem com 16 anos apresentou-se com dor abdominal periódica, febre e hiperamilasemia. CPRE mostrou má formação da junção biliopancreática, bem como impactação por cálculo. Foi realizada papilotomia que conseguiu clarear a árvore biliar. Os níveis de amilase no ducto biliar eram normais. Devido à ausência de refluxo de conteúdo biliopancreático, uma segunda aproximação endoscópica foi executada e comunicação larga entre o cisto e o duodeno foi realizada através do método endoscópico de diatermia. O paciente apresentou boa evolução após o procedimento e assim permanecendo em 30 meses de evolução. CONCLUSÃO: Desde que não haja a presença de refluxo de conteúdo biliopancreático, a ressecção cirúrgica do divertículo parece não ser necessária. A realização de drenagem endoscópica constitui-se em boa opção para tratamento conservador nos casos onde o refluxo biliopancreático não esteja presente.

Keywords