Avances en Enfermería (May 2016)
Oficinas de estimulação cognitiva para idosos com baixa escolaridade: estudo intervenção
Abstract
Objetivo: Analisar o desenvolvimento de oficinas de estimulação cognitiva específicas para idosos com baixa escolaridade e associá-lo ao desempenho da capacidade funcional. Metodologia: Estudo de intervenção antes e depois, de abordagem quantitativa. Como instrumentos de coleta de dados, utilizaram-se testes de rastreio cognitivo. Foram incluídos 12 idosos de baixa escolaridade, com queixas subjetivas de memória. Os participantes foram de grupos para terceira idade. A análise foi descritiva e inferencial. Resultados: A maior parte da amostra foi composta por mulheres (83,3%), indivíduos que residiam sozinhos (41,7%), longevos, com média de idade de 77,4 ± 6,7, e com 5,5 ± 2,2 anos de escolaridade. As áreas cognitivas mais treinadas nas oficinas foram atenção, memória de curto prazo e concentração. A memória de curto prazo e a linguagem foram testadas pelo Mini Exame do Estado Mental (p = 0,50) e pelo teste de evocação de palavras (p = 0,99), respectivamente, e não apresentaram significância estatística, mas tiveram variações absoluta e relativa negativas. Houve manutenção da capacidade para as atividades instrumentais de vida diária, com Lawton (p = 0,99). Obteve-se aumento na variação da Escala de Depressão Geriátrica (p = 0,018), porém sem significância clínica. Quanto à avaliação das oficinas pelos idosos, a interação e a participação foram consideradas satisfatórias (100%). 92% dos participantes sentiram-se seguros na realização das atividades propostas. A expressão de melhora na memória foi percebida por 92% com altos níveis (4 e 5), porém 41,7% dos idosos relataram insatisfação com os materiais usados nas oficinas. Conclusão: As avaliações indicaram estabilização do quadro, portanto, as intervenções demonstraram-se eficazes na manutenção da cognição, bem como uma estratégia para a socialização.