Brazilian Journal of Psychiatry (Dec 2011)

Gender differences in obsessive-compulsive disorder: a literature review Diferenças de gênero no transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão da literatura

  • Maria Alice de Mathis,
  • Pedro de Alvarenga,
  • Guilherme Funaro,
  • Ricardo Cezar Torresan,
  • Ivanil Moraes,
  • Albina Rodrigues Torres,
  • Monica L Zilberman,
  • Ana Gabriela Hounie

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462011000400014
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 4
pp. 390 – 399

Abstract

Read online

INTRODUCTION: Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a heterogeneous condition, in which subtypes have been proposed. Previous studies suggested that gender plays a relevant role in OCD phenotypic expression. This study aimed to review the literature on gender differences in clinical, genetic or familial aspects of OCD. METHOD: A conventional review was conducted, including all papers that investigated demographic, clinical, and genetic aspects of OCD according to gender. The search was based on data available in Medline and PsycINFO databases in the last 20 years, using as keywords: obsessive-compulsive disorder; and: gender, sex, male, female, demographic characteristics, clinical features, clinical characteristics, genetic, genes, genetics gender OCD, genes OCD, genes OCD males, genes OCD females. RESULTS: Sixty three of 487 phenotypical and genetics studies were selected. Most studies indicate that male patients are more likely than females to be single, present early onset of symptoms and chronic course of the disorder, greater social impairment, more sexual-religious and aggressive symptoms, and greater comorbidity with tic and substance use disorders. Female patients present more contamination/cleaning symptoms and greater comorbidity with eating and impulse-control disorders. Genetic and family studies are inconclusive, but suggest that gender may play a role in the disease expression. CONCLUSIONS: Gender is a relevant factor that should be taken into account when evaluating OCD patients. More studies are necessary to determine whether in fact it defines a homogeneous and particular group in OCD.INTRODUÇÃO: O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um quadro heterogêneo, no qual subtipos têm sido propostos. Estudos anteriores sugerem que gênero desempenha papel relevante na expressão fenotípica. O objetivo foi realizar uma revisão convencional da literatura sobre diferenças de gênero em relação a aspectos clínicos e genéticos ou familiares do TOC. MÉTODO: Realizou-se uma revisão convencional da literatura incluindo todos os artigos que investigaram aspectos sociodemográficos, clínicos e genéticos do TOC, de acordo com o gênero. A pesquisa foi baseada em publicações disponíveis nas bases de dados Medline e PsycInfo nos últimos 20 anos, usando como palavras-chave: obsessive-compulsive disorder (OCD), e: gender, sex, male, female, demographic characteristics, clinical features, clinical characteristics, genetic, genes, genetics gender OCD, genes OCD, genes OCD males, genes OCD females. RESULTADO: Sessenta e três artigos de fenótipo e genética foram selecionados. Na maioria dos estudos, o sexo masculino associou-se mais que o feminino com: ser solteiro, apresentar início mais precoce dos sintomas, maior prejuízo social, mais sintomas sexuais, religiosos e de agressão, e mais comorbidade com transtorno de tiques e abuso de substâncias. Pacientes do sexo feminino apresentam mais sintomas de contaminação/limpeza e mais comorbidade com transtornos alimentares e do controle de impulsos. Estudos genéticos e familiares são controversos, mas indicam que o gênero pode desempenhar um papel na expressão da doença. CONCLUSÃO: Gênero é um fator relevante a ser considerado na avaliação de pacientes com TOC. São necessários mais estudos para determinar se este fator define de fato um grupo homogêneo e particular de TOC.

Keywords