Revista Bioética (May 2022)

Equidade em situações-limite: acesso ao tratamento para pessoas com hemofilia

  • Andrea Carolina Lins de Góis,
  • Daniela Amado Rabelo,
  • Tiago Félix Marques,
  • Natan Monsores de Sá

DOI
https://doi.org/10.1590/1983-80422022301518pt
Journal volume & issue
Vol. 30, no. 1
pp. 181 – 194

Abstract

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Resumo Hemofilia é uma condição hematológica rara e seu tratamento é alvo de inovação terapêutica. No encontro entre necessidades do paciente, condutas do clínico e orientação do gestor de saúde, surge o conflito: o protocolo é um mínimo ou um máximo terapêutico? As decisões clínicas em debate com a alocação de recursos levam à discussão sobre equidade nessas situações-limite. O método do presente estudo é compreensivo, mediante análise bioética de 14 decisões judiciais acerca do acesso ao tratamento de hemofilia. As decisões de garantia de acesso aos tratamentos pressupõem vinculação ética com o paciente; a clínica conserva uma dimensão de equidade ao permitir que o tratamento seja singular e as doses previstas em protocolo sejam sugestões e não limites. Do ponto de vista ético, estas são expressões de justiça, de precaução e de consideração dos interesses do paciente.

Keywords