Revista Contexto & Saúde (Oct 2021)
CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL AUTORREFERIDA, FATORES RELACIONADOS ÀS GESTANTES DE ALTO RISCO
Abstract
O objetivo neste estudo foi avaliar o uso de serviço odontológico, condição bucal autorreferida por gestantes de alto risco e fatores relacionados. Foi realizada uma pesquisa transversal, tipo inquérito, com 1200 gestantes de alto risco que realizaram o pré-natal em um centro de referência para atendimento especializado em saúde, em um período de dois anos. Foram excluídas aquelas com período gestacional avançado. Os dados foram processados no programa Bioestat 5.3, ao nível de significância de 5%. As principais condições para classificação de gestação de alto risco foram: idade materna (39,08%), hipertensão (26,90%) e diabetes (10,32%). Do total, 40,08% realizaram sua última consulta odontológica há mais de 1 ano, sendo associado à ocupação (p<0,002). Gestantes desempregadas tiveram 2,03 vezes mais chances do uso do serviço odontológico há menos de um ano (p=0,010). Dentre as entrevistadas, 72,17% relataram a condição bucal de “regular” a “muito ruim” e 75,58% já haviam tido dor de origem dentária. A condição bucal autorreferida como regular/ruim/muito ruim foi relacionada com a idade (p=0,0156), baixa escolaridade (p<0,0001), baixa renda (p<0,0001), ocupação (p<0,0001), estado civil (p<0,0001) e com o uso do serviço há mais de 1 ano (p<0,0001). Conclui-se que a taxa de uso do serviço odontológico pelas gestantes de alto risco foi baixa, embora a maioria tenha considerado sua condição bucal “regular” ou “ruim/muito ruim”. As alterações mais prevalentes para a classificação de gestação de alto risco foram: idade materna, hipertensão, diabetes, obesidade, dependência de drogas lícitas ou ilícitas, distúrbios da tireoide e doenças obstétricas na gravidez atual.
Keywords