Educação e Pesquisa (Dec 2014)

Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida

  • Sandra Mara Corazza,
  • Carla Gonçalves Rodrigues,
  • Ester Maria Dreher Heuser,
  • Silas Borges Monteiro

DOI
https://doi.org/10.1590/S1517-97022014121435
Journal volume & issue
Vol. 40, no. 4
pp. 1029 – 1043

Abstract

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O artigo aborda o projeto Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio à vida, integrante do Observatório da Educação CAPES/INEP, vigente de janeiro de 2011 a dezembro de 2014. Articulando professores de educação básica, estudantes de iniciação científica, mestrado, doutorado e pesquisadores participantes, radica em quatro núcleos, nas seguintes universidades: UFRGS, UFPel, UFMT e UNIOESTE/PR. Desde a pesquisa, o ensino e a extensão, trabalhados na perspectiva do pensamento da diferença em educação, desenvolve variadas oficinas de escrileituras, que produzem competências de leitura e de escritura, a partir da coautoria entre leitor e escritor. Opera com a didática da tradução, articulando os planos filosóficos, científicos e artísticos para realizar processos vitalistas de transcriações, que são transdisciplinares, translinguísticos e transculturais. Isso porque escrileituras é, sempre, um ato político, que não assimila o outro a si mesmo, mas aproxima distâncias e transpõe culturas estrangeiras umas às outras. Ao utilizar a didática-artista da tradução e o método cartográfico, nunca é cópia, mas transcriação, que modifica os originais, como uma heterofilia, desfazendo identidades sedentárias. Ao operar sob o fascínio das interinfluências trazidas pelas linguagens contemporâneas, implica a invenção de um corpus crítico-seletivo, que liga criteriosamente os conceitos de tradução poética, intertextualidade e relações entre diversos sistemas de signos.

Keywords