Revista Portuguesa Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (Sep 2012)

Angiofibroma juvenil da nasofaringe - Podemos dispensar a embolização pré-operatória?

  • Joana Filipe,
  • Teresa Matos,
  • Helena Ribeiro,
  • Luis Tomás,
  • Paulo Borges Dinis

DOI
https://doi.org/10.34631/sporl.124
Journal volume & issue
Vol. 50, no. 3

Abstract

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O Angiofibroma juvenil da nasofaringe é uma mal-formação vascular rara, com aparente origem no buraco esfeno-palatino, mais frequente em jovens adolescentes do sexo masculino que assume, não raras vezes, um comportamento local agressivo, a que se associa um risco elevado de hemorragia. A angiografia assume um papel preponderante no diagnóstico e a embolização pré-operatória da lesão é recomendada por muitos autores, de forma a diminuir a hemorragia intraoperatória que pode pôr em risco a vida do doente. Este procedimento não está isento de complicações, exigindo a colaboração de centros de imagiologia experimentados na técnica. Apresenta-se o caso clínico de um doente do sexo masculino, de 16 anos de idade, com um Angiofibroma grau II de Fisch, não submetido a embolização pré-cirúrgica, cuja ressecção por cirurgia endoscópica endonasal foi precedida da clampagem da artéria maxilar interna na fossa pterigopalatina, passo cirúrgico considerado determinante para a posterior excisão tumoral, uma vez que garante um controlo "nãotromboembólico" da hemorragia intra-operatória, e permite contornar a problemática da embolização pré-cirúrgica.

Keywords