Convergência Lusíada (Aug 2022)

Dois modos de narrar a criança criminosa na literatura brasileira novecentista: Jorge Amado e Murilo Rubião

  • Júlio França,
  • Daniel Augusto Pereira Silva

DOI
https://doi.org/10.37508/rcl.2022.n47a478
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 47
pp. 148 – 174

Abstract

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A partir de trabalhos críticos como os de Steven Bruhm (2006) e Robin Wood (2020), este artigo reflete sobre as relações entre a infância e o cri­me em obras novecentistas tributárias das poéticas negativas. Partimos da hipótese de que há dois modos de narração preponderantes: (i) narrado­res denunciadores, que evidenciam a monstruosidade infantil como uma consequência de problemas sociais; e (ii) narradores impassíveis, que, ao não oferecerem justificativas explícitas para a criminalidade infantil, ten­dem a apresentá-la como inata. Para ilustrarmos essas premissas, toma­mos o romance Capitães da Areia (1937), de Jorge Amado, e o conto “A Casa do Girassol Vermelho” (1947), de Murilo Rubião.

Keywords