Revista Águas Subterrâneas (Jan 2019)
SÍNTESE ACERCA DAS TAXAS DE RECARGA DO SISTEMA AQUÍFERO GURANI EM SUA ÁREA DE AFLORAMENTO
Abstract
Este trabalho compreende a apresentação de uma síntese de valores obtidos para a taxa de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG) em locais estudados por vários autores, principalmente na região central de São Paulo, mas também em Ribeirão Preto (SP), no Estado de Santa Catarina, bem como valores calculados para toda a sua área de afloramento no Brasil. No Estado de São Paulo, uma das regiões com maior superfície aflorante do SAG diz respeito à observada na Unidade de Gerenciamento de Recursos n0 13 – UGRHI 13 (SÃO PAULO, 1991), que corresponde à Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré na região central do Estado, com superfície de drenagem total de 11.804,40 km². Na UGRHI 13 o SAG aflora nas suas porções central e norte-nordeste, nas sub-bacias do rio Jacaré-Pepira e rio Jacaré-Guaçu em área de 3.170,51 km² ou 26,86 % da área total. Para efeito de comparação de taxas de recarga do SAG obtidas em áreas de afloramento situadas fora da UGRHI 13, citam-se os valores obtidos por AQUA BAVARIA GUARANI (2004, apud Perroni e Wendland, 2008), no município de Ribeirão Preto que obteve a taxa de recarga variando entre 200 e 250 mm/ano (0,86 m3/s e 1,09 m3/s). Outros exemplo trata-se da Bacia do Rio Urubici (SC) que a taxa de recarga é 0,18 m3/s. Além desses valores, pode ser citado, ainda, taxas de recarga calculadas para a área de afloramento como um todo, no Brasil, para as quais foram encontrados valores de 700 m3/s (Marcuzzo, 2009) e 165 m3/s (Chang, 2001). Esses aspectos denotam a importância de se efetuar confrontações entre valores de taxa de recarga obtidos nas diversas áreas, na forma de taxa de recarga específica ou taxa de recarga calculada conforme as dimensões da área considerada em cada estudo, o que permite se observar mais diretamente o comportamento do SAG em suas diversas porções aflorantes no Brasil.