Cadernos de Saúde Pública (Jan 2001)

Atividade ocupacional e prevalência de dor osteomuscular em cirurgiões-dentistas de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil: contribuição ao debate sobre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

  • Santos Filho Serafim Barbosa,
  • Barreto Sandhi Maria

Journal volume & issue
Vol. 17, no. 1
pp. 181 – 193

Abstract

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Estudo de prevalência de dor osteomuscular e fatores associados ao sintoma em cirurgiões-dentistas (n = 358), utilizando-se de questionário auto-aplicável, com dados sócio-demográficos, ocupacionais, psicossociais, hábitos de vida, localização e características de dor. 92% dos dentistas selecionados participaram do estudo. A prevalência de dor no segmento superior foi de 58%: 22% de dor no braço, 21% na coluna, 20% no pescoço e 17% no ombro; 26% relataram dor diária e 40% dor moderada/forte. Na análise multivariada (regressão logística múltipla), os fatores associados à dor foram: Pescoço: ansiedade/depressão (RC = 2,3; IC95%: 1,2-4,5), ruído-compressor (RC = 2,1; IC95%: 1,2-3,7), satisfação no trabalho (RC = 0,3; IC95%: 0,1-0,9) e uso de visão indireta (RC = 0,5; IC95%: 0,3-0,9); ombro: renda > 20 salários (RC = 2,9; IC95%: 1,2-6,7), maior produtividade (RC = 3,3; IC95%: 1,3-8,4), altura > ou = 160cm (RC = 0,3; IC95%: 0,2-0,7) e idade 30-49 anos (RC = 0,3; IC95%: 0,1-0,8); coluna: ansiedade/depressão (RC = 2,3; IC95%: 1,2-4,5), atividade manual (RC = 0,4; IC95%: 0,2-0,9) e ser casado (RC = 0,5; IC95%: 0,3-0,9); braços: atividade manual (RC = 1,8; IC95%: 1,0-3,2).

Keywords