Cadernos de Saúde Pública (Feb 2018)

Introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida e fatores associados em crianças de baixo nível socioeconômico

  • Camila Dallazen,
  • Sara Araújo da Silva,
  • Vivian Siqueira Santos Gonçalves,
  • Eduardo Augusto Fernandes Nilson,
  • Sandra Patricia Crispim,
  • Regina Maria Ferreira Lang,
  • Júlia Dubois Moreira,
  • Daniela Cardoso Tietzmann,
  • Márcia Regina Vítolo

DOI
https://doi.org/10.1590/0102-311x00202816
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2

Abstract

Read online

Identificar os fatores associados à introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida, entre crianças residentes em municípios de baixo nível socioeconômico. Estudo multicêntrico transversal com 1.567 crianças de 12 a 59 meses de idade residentes em 48 municípios participantes do plano Brasil Sem Miséria da Região Sul do Brasil. Aplicou-se questionário estruturado aos responsáveis pelas crianças para a obtenção das informações sociodemográficas e idade na qual alimentos não recomendados foram introduzidos pela primeira vez na alimentação complementar. A prevalência de introdução de açúcar antes dos quatro meses de idade da criança foi de 35,5% (n = 497; IC95%: 33,1-38,0). As prevalências de introdução de biscoito doce/salgado, queijo petit suisse e gelatina antes do sexto mês de vida da criança foram de 20,4% (n = 287; IC95%: 18,3-22,3), 24,8% (n = 349; IC95%: 22,4-27,1) e 13,8% (n = 192; IC95%: 12,0-15,7), respectivamente. Identificou-se associação entre a menor escolaridade materna (RP = 1,25; IC95%: 1,03-1,51) e a menor renda mensal familiar (RP = 1,22; IC95%: 1,01-1,48) com a introdução de alimentos não recomendados. Verificou-se a introdução de alimentos não recomendados no primeiro ano de vida entre crianças residentes em municípios de alta vulnerabilidade socioeconômica da Região Sul do Brasil, e esta prática associou-se à menor escolaridade materna e menor renda familiar mensal.

Keywords