Revista Uningá (Sep 2015)
O ENSINO DA MORTE E DO MORRER NA GRADUAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA: ARTIGO DE REVISÃO
Abstract
Há áreas da medicina em que os profissionais frequentemente lidam com pacientes terminais, tendo esses uma maior aproximação com o processo de morrer, porém estes mesmos profissionais apresentam grande dificuldade para tratar do tema, podendo ser explicado pela ausência em se abordar os processos de morte e morrer durante a formação médica. Diante disso, é oportuno levantar a questão de como o modelo de educação médica contribui no preparo dos graduandos frente ao processo de morte e morrer. Este presente estudo trata-se de uma revisão da literatura, com o objetivo de discutir sobre o tema. Foram realizadas buscas nas bases de dados Lilacs, Ibesc, Medline e Scielo, utilizando- se os descritores educação médica, morte, medicina paliativa, doente terminal e estudantes de medicina. Conclui- se que a formação médica pouco contribui na preparação dos estudantes para lidarem com situações que envolvam o enfrentamento do processo de morte. Entre as disciplinas existentes, como a psicologia médica, a tanatologia e os cuidados paliativos, há uma escassa abordagem de discussões acerca da morte e do morrer, que mesmo quando presentes apresentam a temática de forma superficial e teórica, pouco se valendo no contexto da prática médica