Revista Brasileira de Extensão Universitária (Dec 2019)

GRUPO ABERTO DE CRIANÇAS: QUAIS AS POSSIBILIDADES DE CONVIVÊNCIA E INTERVENÇÃO?

  • Larissa Osete Souza,
  • Gabriel Candido Paiva,
  • Maíra Bonafé Sei

DOI
https://doi.org/10.36661/2358-0399.2019v10i3.10774
Journal volume & issue
Vol. 10, no. 3

Abstract

Read online

O presente artigo configura-se como um relato de experiência acerca de um grupo aberto destinado ao atendimento de crianças com até 11 anos de idade. As atividades são realizadas semanalmente na Clínica Psicológica da Universidade Estadual de Londrina, com duração de uma hora e 30 minutos, por meio de um projeto de extensão. Tendo em vista a experiência na coordenação da atividade, objetiva-se apresentar os desafios e desdobramentos na condução de um grupo aberto e heterogêneo com crianças. Nota-se que, embora essa modalidade de intervenção clínica não atenda a queixas específicas dos participantes, tem proporcionando a interação entre as crianças, a identificação de riscos quanto ao desenvolvimento infantil e a promoção da saúde mental com obtenção de benefícios terapêuticos em decorrência do compartilhamento de vivências e dificuldades. Todavia, o setting grupal, aberto e heterogêneo, exigiu o manejo dos coordenadores para integrar crianças em idades diferentes. Os responsáveis demandavam uma cura para as queixas ou diagnósticos prévios, sendo necessário pontuar que o grupo não tinha este objetivo, mas poderia conceder benefícios na melhora do quadro. Ademais, a constante entrada e saída de membros gerava rupturas na formação de vínculo, fato que demandou constante intervenção dos coordenadores, no sentido de pontuar este movimento. Palavras-chave: Vínculos grupais; Extensão Universitária; Infância; Saúde mental Open group of children: What are the possibilities for coexistence and intervention? Abstract: The present article is an experience report about an open group for children up to 11 years old. The activities happened weekly in the Psychological Clinic of the State University of Londrina (Londrina, Brazil), lasting about one hour and 30 minutes, through an extension project. From the coordination experience in the groups, the objective is to present the challenges and consequences in the management of an open and heterogeneous children group. Although this modality of clinical intervention does not attend specific complaints of the participants, it has provided interaction among the children, the identification of risks in the child development, and the promotion of mental health with therapeutic benefits, as a result of sharing experiences and difficulties. However, the open and heterogeneous group setting required the coordinators' management to integrate children of different ages. The parents or guardians demanded a cure for the complaints with previous diagnoses, and it should be noted that the group did not have this goal, but could grant other benefits and possibly improve the current condition. Also, the constant entry and exit of members created ruptures in the formation of bonds, a fact that demanded a constant intervention of the coordinators. Keywords: Group Bounds; University Extension; Childhood; Mental health Grupo abierto de niños: ¿Cuáles son las posibilidades de convivencia e intervención? Resumen: El presente artículo se configura como un relato de experiencia sobre un grupo abierto destinado a la atención de niños de hasta 11 años de edad. Las actividades se realizan semanalmente en la Clínica Psicológica de la Universidad Estatal de Londrina (Londrina, Brasil), con una duración de una hora y 30 minutos, por medio de un proyecto de extensión. Con vistas a la experiencia en la coordinación del grupo, se pretende presentar los desafíos y desdoblamientos en la conducción de un grupo abierto y heterogéneo con niños. Se observa que, aunque esta modalidad de intervención clínica no atiende a quejas específicas de los participantes, tiene proporcionando la interacción entre los niños, la identificación de riesgos en cuanto al desarrollo infantil, la promoción de la salud mental, con obtención de beneficios terapéuticos, en consecuencia del compartir de vivencias y dificultades. Sin embargo, el entorno grupal abierto y heterogéneo requirió la gestión de coordinadores para integrar a niños de diferentes edades. Los tutores exigieron una cura para las quejas o los diagnósticos anteriores, y debe tenerse en cuenta que el grupo no tenía este objetivo, pero podría proporcionar beneficios para mejorar la condición. Además, la entrada y salida constante de los miembros generó rupturas en la formación del vínculo, un hecho que exigió la intervención constante de los coordinadores, para puntuar este movimiento. Palabras-clave: Lazos de grupo; Extensión Universitaria; Infancia; Salud mental

Keywords