Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Feb 1996)

Trypanosoma cruzi strains: behavior after passage into authoctonous or foreign species of triatomine (biological and biochemical patterns) Cepas do Trypanosoma cruzi: comportamento após passagem em triatomíneos autóctones ou não autóctones (padrões Biológicos e Bioquímicos)

  • Juracy B Magalhães,
  • Sonia G Andrade,
  • Italo Sherlock

DOI
https://doi.org/10.1590/S0036-46651996000100005
Journal volume & issue
Vol. 38, no. 1
pp. 23 – 28

Abstract

Read online

The behavior of T. cruzi strains from S. Felipe - BA (19 SF, 21 SF and 22 SF) classified as Type II Zymodeme 2, was investigated after passage through the authoctonous (P. megistus) and foreign vectors (T. infestans and R. prolixus). For each strain Swiss mice were infected: I - with blood forms (control); II - with metacyclic forms (MF) from P. megistus; III - with MF from T. infestans; IV - with MF from R. prolixus. Inocula: MF from the three species of triatomine, 60 to 120 days after feeding in infected mice, adjusted to 10 4. Biological behavior in mice (parasitemia, morphology, mortality, virulence and pathogenicity) after passage through triatomine was compared with data from the same strain in control mice. Isoenzymic electrophoresis (ASAT, ALAT, PGM, GPI) were also performed after culture into Warren medium. The three strains maintained the isoenzyme profiles (zymodeme 2), in the control groups and after passages through different species of triatomine. Biological characterization disclosed Type II strains patterns for all groups. An increased virulence was observed with the 22 SF strain isolated from P. megistus and T. infestans and higher levels of parasitemia and predominance of slender forms in mice inoculated with the 19 SF and 21 SF from these same species. Results indicate that the passage through the two species T. infestans and P. megistus had a positive influence on the virulence of the regional strains of S. Felipe, regardless of being autocthonous (P. megistus) or foreign to the area (T. infestans).Foi estudada a influência da passagem de cepas do T. cruzi de São Felipe - BA (19 SF, 21 SF e 22 SF), Tipo II, Zimodema 2, no vetor autóctone (P. megistus) e em vetores não autóctones (T. infestans e R. prolixus). Para cada cepa, camundongos suíços de 10 a 12 g foram inoculados com I - formas sanguícolas (controles); II - metacíclicos do P. megistus; III - metacíclicos de T. infestans; IV - metacíclicos do R. prolixus. O inóculo para cada grupo foi de 10(4) tripomastigotas. A obtenção dos metacíclicos foi feita 60 a 120 dias após infecção dos triatomíneos. O estudo morfobiológico em camundongos (parasitemia, morfologia, mortalidade, virulência e patogenicidade) foi realizado após as passagens cíclicas e comparado ao dos controles. Foi feita a análise isoenzimática de todos os grupos experimentais para as enzimas ALAT, ASAT, PGM e GPI, após isolamento dos parasitos do sangue periférico dos camundongos e cultivo em meio de Warren. As três cepas mantiveram o padrão do tipo II; entretanto, a passagem das cepas por P. megistus e T. infestans determinou um aumento de virulência da cepa 22 SF traduzida por índices mais elevados de mortalidade e de parasitemia; houve maior proliferação parasitária com predominância de formas delgadas no sangue periférico nos animais infectados com as cepas 19 SF e 21 SF provenientes das duas espécies de triatomíneos. Os resultados indicam que as passagens por P. megistus e T. infestans tiveram uma influência positiva na virulência das cepas de T. cruzi de São Felipe - BA, independente de ser o vetor autóctone (P. megistus) ou não autóctone (T. infestans).

Keywords