Boletim de Indústria Animal (Jan 2014)

Estudo comparativo da digestibilidade de gramíneas forrageiras com ovinos e bovino. I. Digestibilidade in vivo do milho na forma seca e como silagem

  • Laércio Melotti

Journal volume & issue
Vol. 40, no. 2

Abstract

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Através do método convencional de coleta total de fezes e utilizando duas espécies de ruminantes, a ovina e bovina, para comparar sua capacidade de digestão, estudou-se a forragem de milho na forma seca e como silagem, por meio de ensaios de digestibilidade aparente. Os ovinos permaneceram durante os ensaios em gaiolas de digestibilidade e arreados com dispositivo dotado de bolsa para coleta de fezes, enquanto os bovinos ficaram estabulados em baias individuais, também arreados com bolsas para a mesma finalidade. Para a realização dos ensaios, utilizaram-se três períodos: o de adaptação ao novo alimento, com duração de quatorze dias para ambas as espécies, quando receberam alimento à vontade; o de ajuste, onde os ovinos permaneceram sete dias, e os bovinos, quatorze, recebendo 100% do alimento que estavam ingerindo no período anterior, reduzido, nos últimos três dias, a 80%; finalmente, o terceiro período, o principal ou de coleta de fezes, em que os animais continuavam a receber os 80% do alimento até o final do ensaio, que durou sete dias para os ovinos e doze para os bovinos. Os experimentos, em número de cinco, foram os seguintes: A: silagem de milho (Zea maiz L); B: silagem de milho; C: milho na forma seca, sendo pés inteiros com espigas; D: silagem de milho e E: silagem de milho enriquecida com uréia (0,5% em peso). No experimento A, os bovinos foram superiores para os componentes da matéria seca (M.S); fibra bruta (F.B) matéria orgânica (M.O.); energia bruta (E.B.), e energia digestível (E.D). No experimento B, não foram encontradas diferenças significativas nos coeficientes de digestibilidade analisados, com exceção da proteína bruta (P.B), em que os bovinos foram superiores ao nível de 1%. No ensaio C, o teste F revelou diferenças significativas a favor dos ovinos apenas para os extrativos não nitrogenados (E.N.N.) ao nível de 5% e extrato etéreo (E.E.) ao nível de 1%. No ensaio D, houve vantagens para os ovinos, como teste F apresentando diferenças significativas ao nível de 1% para M.S., P.B., E.N.N. e M,O. e a 5% para a E.B. A única exceção foi do nutriente digestível total (N.D.T), em que os bovinos foram superiores ao nível de 1%. No experimento E, a melhor digestibilidade foi a favor dos bovinos, pois o teste F mostrou diferenças significativas ao nível de 1% para os coeficientes de M.S., F.B., E.B., M.O. e E.D.