Cadernos de Pesquisa (Apr 2007)
Qual pedagogia para aos alunos em dificuldade escolar? Which pedagogy for students with school difficulties?
Abstract
Repetir o ano não ajuda os alunos com dificuldades. Numerosas pesquisas sobre os efeitos da repetência mostram que em regra geral os alunos fracos que recomeçam o mesmo ano progridem menos que os alunos fracos que são promovidos. Que medidas pedagógicas são necessárias para combater o fracasso escolar? O objetivo deste artigo é proceder a uma revisão do que as pesquisas empíricas revelam sobre os procedimentos mais freqüentemente mencionados como meios de obter um aperfeiçoamento pedagógico. Os primeiros dizem respeito à composição e ao manejo de turmas homogêneas e heterogêneas, de classes grandes ou pequenas, e de grupos de alunos com necessidades específicas; os segundos remetem aos dispositivos de individualização da aprendizagem ou à estratégia oposta, de aprendizagem cooperativa e tutoral; os terceiros são relativos à avaliações formativas, seguidas ou não de ações corretivas. Discutindo o conjunto dos resultados, o autor defende um redirecionamento das pesquisas pedagógicas no sentido de investigar prioritariamente os procedimentos mais genéricos, deixando para casos extremos a mobilização de dispositivos baseados num diagnóstico fino das dificuldades de aprendizagem.To repeat the year does not help students with difficulties. Several studies about the effects of grade repetition show that in general students who do poorly and start again the same school year progress less than weak students who are promoted. Which pedagogical measures are necessary to combat school failure? The aim of this article is to review what empirical studies reveal about the most often mentioned procedures as a means to attain pedagogical improvement. The first procedures relate to the composition and management of homogeneous and heterogeneous groups, small or big classes, and groups of students with specific needs; the second procedures relate to the learning individualization devices or to the opposite strategy of cooperative and tutorial learning; the third procedures relate to the formative evaluations, either followed or not by corrective actions. When discussing the results, the author defends to redirect the pedagogical studies so as to investigate primarily the most generic procedures, leaving for the most extreme cases the mobilization of devices based on a fine diagnosis of the learning difficulties.
Keywords