Doutorada em História Moderna e Contemporânea, é Professora Associada com agregação na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (Portugal), investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura e diretora da Revista de História das Ideias. Tem-se dedicado à investigação em História das Ideias e da Cultura, séculos XVIII e XIX. É autora de numerosos artigos, em publicações nacionais e estrangeiras, e de vários livros, como A morte em Lisboa. Atitudes e Representações (1700-1830), Lisboa, 1997; A Cultura das Luzes em Portugal. Temas e Problemas, Lisboa, 2003; e Memórias Políticas de Ricardo Raimundo Nogueira (1810-1820), Coimbra, 2011. Co-coordenou recentemente o livro Gomes Freire de Andrade e as Vésperas da Revolução de 1820, Lisboa, 2018 e obras coletivas de referência sobre a Universidade no período pombalino.
A modernidade filosófica do Iluminismo contribuiu para a mudança de agentes culturais e de redes internacionais do conhecimento. Os veículos de comunicação intelectual, à escala europeia, foram expandidos e secularizados. Novas formas de sociabilidade intelectual e patriótica surgiram na esfera pública. Neste contexto, a sociabilidade mundana foi marcada pelo estabelecimento de associações filantrópicas, económicas e patrióticas. Neste estudo destacamos a importância que três associações tiveram no final do século XVIII e inícios do século XIX: a Sociedade dos Mancebos Patriotas com sede em Coimbra (1780); o Montepio Literário (1813); e a Sociedade Patriótica Literária de Lisboa (1822).