Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)

STATUS DE VACINAÇÃO CONTRA O POLIOVÍRUS ENTRE ADULTOS PARTICIPANTES DO REGISTRO DE VOLUNTÁRIOS DO VACCELERATE

  • Jon Salmanton-Garcia,
  • Julia A. Nacov,
  • Heinz-Josef Schmitt,
  • Oliver A. Cornely

Journal volume & issue
Vol. 27
p. 103487

Abstract

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Introdução: Em 2022, casos de poliomielite relacionados a poliovírus derivados de vacinas circulantes (cVDPV) ocorreram em pessoas não vacinadas em países não endêmicos. Consequentemente, a cobertura da vacinação contra o poliovírus (POL) em países não endêmicos precisa ser elucidada. O Registro de Voluntários VACCELERATE, financiado pela União Europeia, foi usado para essa iniciativa de ciência cidadã. Métodos: Mais de 30000 voluntários adultos em 15 países europeus se registraram no VACCELERATE. Os voluntários adultos foram convidados a preencher um e-CRF na primeira entrada no cartão de vacinação mais antigo disponível e nas vacinas contra o POL, incluindo o número, o tipo, a validade e o horário da administração. As doenças crônicas subjacentes eram conhecidas desde o registro inicial. Resultados: Entre outubro e novembro de 2022, 5989 de 31333 (19%) voluntários completaram o eCRF, sendo a maioria dos participantes da Alemanha (95,9%), seguidos pela Irlanda (1,5%) e Áustria (0,5%). Entre os voluntários alemães, o status de vacinação completa contra o poliovírus, definido como ≥ 4 doses de vacina trivalente ou vacinas orais mono/bivalentes equivalentes, foi encontrado em 2249 (41,3%) voluntários. Em 1204 (22,1%) voluntários, o status da vacinação era incerto, apesar do recebimento de 4-5 doses, pois o tipo e a validade não foram especificados. Cerca de 313 (5,7%) voluntários não sabiam se haviam sido vacinados; 528 (9,7%) afirmaram ter sido vacinados, mas o número de doses era desconhecido. Dos 1155 (21,2%) voluntários com imunização incompleta, 62 (1,1%) declararam nunca terem sido vacinados contra o POL e 19 (1,7%) tiveram câncer ativo nos últimos dois anos. A média anual dos certificados de vacinação mais antigo com status de vacinação completo foi 1978 e a média do ano de nascimento, 1975. Nos voluntários com status de vacinação incompleto 1992 e 1978, respectivamente. Homens tinham vacinação completa em 35,7% contra 61,8% das mulheres. Conclusões: É difícil avaliar a situação da vacinação contra o POL devido à ausência ou à falha de registros das doses administradas anteriormente, o que indica a necessidade de um registro eletrônico integral da vacinação. Quanto mais próximo o ano do certificado de vacinação mais antigo e do nascimento disponíveis, maior a probabilidade de o status completo da vacinação ter sido relatado. Poucos pacientes com câncer, particularmente em risco, relataram ter o status de vacinação contra a pólio incompleto.

Keywords