Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2023)

AVALIAÇÃO DO ÂNGULO DE FASE EM PACIENTES COM SÍNDROME PÓS-COVID-19 ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA EM BELÉM-PARÁ

  • Pedro Paulo Moares da Câmara,
  • Luana Wanessa Cruz Almeida,
  • Pamela de Oliveira Batista,
  • Evelen da Cruz Coelho,
  • Kárila Larissa Pereira de Oliveira,
  • Jairisson Augusto Santa Brígida Vasconcelos,
  • Luisa Caricio Martins,
  • Rosana Maria Feio Libonati

Journal volume & issue
Vol. 27
p. 102896

Abstract

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Introdução/Objetivo: A Síndrome Pós-COVID-19 é definida como manifestações clínicas que surgem após a infecção inicial pelo vírus SARS-CoV-2. O ângulo de fase é considerado um biomarcador de saúde celular, indicador de estado de saúde, estado nutricional, mortalidade, entre outras funcionalidades. Quanto maior o ângulo de fase, mais saudáveis as células se apresentam, entretanto, hábitos de vida inadequados, estado inflamatório e doenças são alguns dos fatores que podem provocar disfunções nas membranas celulares. Logo, o objetivo desse estudo foi avaliar a aplicabilidade do ângulo de fase como um instrumento de avaliação do estado de saúde de pacientes com Síndrome Pós-COVID-19. Métodos: Estudo transversal controlado, realizado com pacientes de ambos os sexos com Síndrome Pós-COVID-19, cadastrados e atendidos no Núcleo de Medicina Tropical, no período de agosto de 2022 a junho 2023. Os pacientes foram divididos em dois grupos: sujeitos com Síndrome Pós-COVID-19 e sujeitos sem a síndrome (grupo-controle). Foram incluídos os pacientes que apresentaram histórico positivo para COVID-19 e foram excluídos aqueles com impossibilidade de avaliação pela bioimpedância (portadores de marcapasso e próteses metálicas). Foram obtidos dados sociodemográficos (sexo e idade), antropométricos (altura e peso) e ângulo de fase pelo aparelho de BIODYNAMICS 450. Resultados: Participaram do estudo 54 pacientes, sendo 27 sujeitos em cada grupo, pareados por sexo e idade. Das amostras, a média de idades foi de 51,7 anos para o grupo sintomático e 51,8 anos para o grupo-controle, sendo 70,3% da amostra pertencentes ao sexo feminino. Em relação à avaliação corporal, o grupo sintomático apresentou um ângulo de fase médio de 6,2° ± 0,5° e o grupo-controle 6,7° ± 0,9° (p < 0,05). Conclusão: O presente estudo demonstra que pacientes com síndrome Pós-COVID-19 apresentam ângulo de fase significativamente menor que a população sem sequelas oriundas da COVID-19. Dessa forma, o ângulo de fase pode ser utilizado como um parâmetro de avaliação do estado de saúde de pacientes com síndrome Pós-COVID-19.

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