Medicina (Mar 2000)

Freqüência dos antígenos HLA-DR e DQ em pacientes brasileiros com diabetes mellitus tipo I

  • Renata Nahas,
  • Neifi H.S. Deghaide,
  • Eduardo A. Donadi,
  • Milton C. Foss

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v33i1p37-41
Journal volume & issue
Vol. 33, no. 1

Abstract

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A associação entre diabetes mellitus do tipo I com os genes HLA de classe II está bem estabelecida. Os genes podem ser diferentes de acordo com a etnia do grupo estudado. Neste estudo, foram tipificados os antígenos HLA de classe II em uma população brasileira de pacientes com diabetes do tipo I. Para tal, foram estudados 58 pacientes diabéticos e 102 indivíduos sadios, procedentes da mesma área geográfica e com etnia semelhante à dos pacientes. Os linfócitos B foram separados, utilizando-se lã de nylon. Os antígenos HLA foram tipificados por intermédio de um método de microlinfocitotoxicidade dependente de complemento. A análise estatística foi realizada pelo teste exato de Fisher bicaudal. As freqüências dos antígenos HLA-DR3 e HLA-DR4 e as combinações dos antígenos HLA-DR3 e DR4 estavam significantemente elevadas nos pacientes (P < 0,05). As freqüências dos antígenos HLA-DQ2 e HLA-DQ3 não foram significantemente diferentes daquelas observadas em controles, quando analisadas separadamente, no entanto, as freqüências das combinações dos antígenos HLADR3 com HLA-DQ3, HLA-DR4 com HLA-DQ2 ou HLA-DQ3, e, ainda, HLA-DR3, HLA-DR4 com HLA-DQ3 estavam significantemente elevadas nos pacientes diabéticos (P < 0,05). Embora as freqüências dos antígenos HLA-DR2 e HLA-DR7 (associados com proteção contra o desenvolvimento da doença) estivessem menores nos pacientes em relação aos controles, a significância não foi atingida após a correção do valor do P.

Keywords