Millenium (Dec 2020)

Representações mediáticas da doença mental

  • Beatriz Lacerda,
  • Eduardo Santos

DOI
https://doi.org/10.29352/mill0207e.08.00364
Journal volume & issue
Vol. 2, no. 7e

Abstract

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Introdução: As representações mediáticas da doença mental têm sido sempre maioritariamente negativas, infundadas e com efeitos estigmatizantes nas pessoas com doença mental, em especial se se considerar o papel protagonista que os media assumem nas nossas vidas. Objetivo: Identificar que representações da doença mental são reportadas nos media. Mapear as plataformas de media associadas; e, por fim, identificar as doenças mentais reportadas. Métodos: Será realizada uma revisão scoping através do método proposto pela Joanna Briggs Institute. A seleção dos estudos, a extração e síntese dos dados será realizada por dois revisores independentes. Resultados: Prevemos a inclusão de estudos que demonstrem as representações mediáticas incorretas e estigmatizantes sobre a doença mental. É expectável que haja melhorias nestas representações, mas com diferenças para cada doença mental, sendo a bipolaridade, a esquizofrenia e os distúrbios de personalidade aquelas com pior representação, com frequentes associações ao crime e à violência. Conclusão: É expectável que esta revisão revele como a doença mental persiste em ser um tema pobremente representado nos vários espaços mediáticos, desde a imprensa escrita e digital, aos meios artísticos como o cinema e os videojogos. Esta revisão também pode apontar os efeitos sociais que advêm destes retratos estigmatizantes, especialmente sobre as pessoas que sofrem de alguma doença mental.

Keywords