Brazilian Journal of Psychiatry (Dec 2007)

The prevalence of metabolic syndrome among psychiatric inpatients in Brazil Prevalência de síndrome metabólica em pacientes psiquiátricos internados no Brasil

  • Paulo José Ribeiro Teixeira,
  • Fábio Lopes Rocha

DOI
https://doi.org/10.1590/S1516-44462007000400007
Journal volume & issue
Vol. 29, no. 4
pp. 330 – 336

Abstract

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OBJECTIVE: Metabolic syndrome is a highly prevalent disorder among the general population. Studies show an even higher prevalence among psychiatric patients. The objective of this study is to assess the prevalence of metabolic syndrome among inpatients of a psychiatric ward of a general hospital in Brazil and correlate it with their respective psychiatric diagnoses and with the antipsychotics and mood stabilizers used. METHOD: 170 inpatients (mean age: 45.6 years) were evaluated according to the National Cholesterol Education Program criteria for metabolic syndrome, with a modification of the criteria for blood pressure and fasting glucose. RESULTS: The prevalence found was 29.4%, being higher in women (43.6% versus 20.8%, p = 0.002). The prevalence stratified by psychiatric diagnostic was 48.1% for depression, 38.3% for bipolar disorder, 31.8% for schizophrenia and schizoaffective disorder, 5.1% for alcoholism, and 23.1% for "other mental disorders". The prevalence for alcoholism was significantly lower than the prevalence rates associated with other diagnostic categories (p = 0.035). After using the multivariate analysis, female gender and use of lithium remained as factors associated with a diagnosis of metabolic syndrome. CONCLUSIONS: The prevalence found was 29.4%. Gender (female) and use of lithium were factors significantly associated with the diagnosis of metabolic syndrome.OBJETIVO: A síndrome metabólica é um transtorno de alta prevalência na população em geral. Estudos demonstram prevalência ainda maior em pacientes psiquiátricos. O objetivo deste trabalho é avaliar a prevalência de síndrome metabólica em pacientes internados em uma enfermaria psiquiátrica de um hospital geral no Brasil e correlacioná-la com os diagnósticos psiquiátricos e com o uso de medicamentos antipsicóticos e moduladores do humor. MÉTODO: Cento e setenta pacientes (idade média: 45,6 anos) foram avaliados de acordo com os critérios do National Cholesterol Education Program para síndrome metabólica, modificados nos critérios pressão arterial e glicemia de jejum. RESULTADOS: A prevalência encontrada foi de 29,4%, sendo mais elevada em mulheres (43,6% versus 20,8%, p = 0,002). A prevalência estratificada por diagnóstico psiquiátrico foi de 48,1% para depressão, 38,3% para transtorno bipolar, 31,8% para esquizofrenia e transtornos esquizoafetivos, 5,1% para alcoolismo e 23,1% para "outros transtornos mentais". A prevalência para alcoolismo foi significativamente menor, se comparada às prevalências associadas às demais categorias diagnósticas (p = 0,035). Após análise multivariada, o sexo feminino e o uso de lítio permaneceram como fatores associados ao diagnóstico de síndrome metabólica. CONCLUSÃO: A prevalência de síndrome metabólica encontrada foi de 29,4%. O sexo feminino e o uso de lítio foram fatores significativamente associados ao diagnóstico de síndrome metabólica.

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