Revista do Instituto Florestal (Jun 2005)

LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO DAS ESTAÇÕES ECOLÓGICA E EXPERIMENTAL DE ITIRAPINA, SÃO PAULO, BRASIL

  • Dimas Antônio da Silva

DOI
https://doi.org/10.24278/2178-5031.2005171476
Journal volume & issue
Vol. 17, no. 1

Abstract

Read online

Este trabalho teve como objetivos realizar o levantamento do meio físico das Estações Ecológica e Experimental de Itirapina, apresentar mapas temáticos e propor recomendações de uso da terra, visando à elaboração do plano de manejo. Foi efetuado com base em pesquisas bibliográficas e cartográficas, fotointerpretação de fotografias aéreas e trabalhos de campo. A área de estudo apresenta temperatura do ar e precipitação médias anuais, respectivamente, de 21,9ºC e 1.458,9 mm. Destacam-se dois compartimentos morfológicos: colinas amplas e planícies fluviais. O primeiro, coberto por cerrado e reflorestamentos homogêneos de Pinus spp. e Eucalyptus spp. é sustentado, predominantemente, por arenitos da Formação Botucatu sobre os quais se desenvolvem Neossolos Quartzarênicos. Os setores das encostas pouco mais íngremes são frágeis à erosão por sulcos, ravinas e voçorocas. O segundo caracteriza-se por terrenos planos, formados por sedimentos recentes, que dão origem aos Gleissolos e Organossolos. Sua vegetação original é o banhado. As várzeas estão sujeitas a inundações, recalques, solapamento das margens dos rios e assoreamento. A rede de drenagem é formada pelos ribeirões Itaqueri e do Lobo, principalmente, que deságuam na represa do Lobo. Concluiu-se que os setores das colinas e planícies fluviais com maior grau de conservação da vegetação e susceptíveis, respectivamente, à erosão linear e à dinâmica fluvial devem integrar as zonas de uso mais restritivo. Por outro lado, as áreas alteradas podem compor as zonas de recuperação ou as zonas de maior intensidade de uso, observando-se as medidas de conservação dos solos.

Keywords