Revista de Economia Mackenzie (May 2021)

A ECONOMIA BRASILEIRA SOB O ENFOQUE DA TEORIA AUSTRÍACA DOS CICLOS ECONÔMICOS (2004 A 2019)

  • Augusto Luiz Heck Barros,
  • Cristiano Stamm,
  • Luiz Alberto Cypriano

DOI
https://doi.org/10.5935/1808-2785/rem.v18n1p.192-219
Journal volume & issue
Vol. 18, no. 1
pp. 192 – 219

Abstract

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O objetivo deste trabalho é analisar como a Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos explica os efeitos das mudanças na oferta de moeda comandada pelo Banco Central sobre a estrutura intertemporal de produção da economia brasileira entre os anos de 2004 e 2019. A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos é a teoria do boom insustentável. A expansão artificial da moeda e do crédito conduzida pelo banco central distorce as taxas de juros e estimula a má alocação intertemporal de capital, promovendo assim uma expansão artificial da economia. Sendo a autoridade monetária forçada a restringir a política monetária por causa da pressão inflacionária causada pela restrição geral de recursos, revela-se o processo de má alocação de capital. Foi utilizada a metodologia econométrica de séries temporais, especificamente o teste de não causalidade de Granger sugerido por Toda e Yamamoto (1995), para ilustrar os impactos das variações na oferta de moeda e crédito sobre a estrutura intertemporal de produção. Os resultados encontrados mostram que a manipulação da oferta de moeda e crédito afetou diretamente a estrutura de produção da economia, além da produção industrial agregada, do produto interno bruto e do nível de utilização da capacidade instalada ao longo do período analisado. Portanto, os resultados encontrados apoiam a teoria dos ciclos econômicos de Mises e Hayek.

Keywords