Revista Brasileira de Fruticultura (Jun 2012)

Pectina extraída de casca de pequi e aplicação em geleia light de manga

  • Beatriz dos Santos Siqueira,
  • Letícia Dias Alves,
  • Pollyanna Novato Vasconcelos,
  • Clarissa Damiani,
  • Manoel Soares Soares Júnior

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-29452012000200030
Journal volume & issue
Vol. 34, no. 2
pp. 560 – 567

Abstract

Read online

Dentre os frutos do Cerrado, destaca-se o pequi (Caryocar brasiliense Camb.), que é constituído por aproximadamente 80% de casca, que é desprezada; no entanto, apresenta potencial de utilização em várias aplicações. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das variáveis concentração de ácido cítrico, temperatura e tempo de extração sobre o rendimento e o grau de esterificação da pectina extraída da casca de pequi e compará-la com a pectina cítrica comercial aplicada na formulação de geleia light. Obtiveram-se rendimentos de pectina entre 14,89 e 55,86 g.100g-1. A pectina obtida da casca de pequi caracterizou-se por apresentar baixo grau de esterificação (11,79-48,87%). A geleia light elaborada a partir da pectina da casca de pequi, extraída à temperatura de 84ºC por 92 minutos, na presença de 2% de ácido cítrico, obteve boa aceitação por parte dos provadores, alcançando escores médios acima de 7,0, diferindo da geleia produzida com pectina cítrica comercial apenas na aparência. Conclui-se que é viável utilizar a pectina da casca de pequi como ingrediente para formulação de geleia light de manga.

Keywords