RevSALUS (Jan 2024)

A mobilidade funcional reflete a autoavaliação de saúde

  • Anna Quialheiro,
  • Paula Chaves

DOI
https://doi.org/10.51126/revsalus.v5iSupii.705
Journal volume & issue
Vol. 5, no. Supii

Abstract

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Introdução: A saúde percebida traduz a autoavaliação da perceção global do indivíduo sobre o seu estado de saúde. Esta análise realizada por meio de uma única questão, vai traduzir o reflexo da presença de sinais e sintomas, no seu bem-estar físico, mental e social, e por este facto, poderá ser considerado um potencial indicador objetivo dos comportamentos em saúde. Objetivo: Verificar a associação entre a autoavaliação de saúde, a mobilidade funcional, e a frequência de atividade física semanal. Material e Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico, com uma amostra de conveniência composta por participantes de projetos comunitários de atividade física em grupo de dois municípios do norte de Portugal acompanhados pelo Projeto FERA (Functional Evatuation to Reach healthy Aging). Foi aplicado um questionário com dados sociodemográficos e a questão “Em geral, diria que a sua saúde é...”, tendo como opção de classificação: “Ótima”; “Muito Boa”; “Boa”; “Razoável”; “Fraca”. Posteriormente foi feito o registo de frequência de atividade física semanal e avaliada a mobilidade funcional com o teste Timed Up and Go (TUGs) simples, e dupla tarefa cognitiva com nomeação de nomes de animais (TUGc). Análise dos dados por meio de estatística descritiva e regressão linear simples bruta e ajustada. Resultados: A amostra foi constituída por 75 participantes, dos quais 68% são do sexo feminino, com idade média de 66 anos (IC 95%: 65; 68). Foi encontrada uma associação significativa entre a mobilidade funcional simples e cognitiva com a autoavaliação de saúde, sendo que a cada melhora da autoperceção da saúde, diminui o tempo para realização do TUGs (Coef.: -0,56; IC95% -1,1;-0,1; p=0,03) e TUGc (Coef.: -1,02; IC95% -1,8;-0,3; p=0,01), independente do sexo. Não foi encontrada associação entre a frequência da atividade física semanal e a autoavaliação de saúde (p=0,39). Conclusões: Os resultados deste estudo sugerem que quem tem melhor desempenho de mobilidade funcional, mesmo quando associado a uma tarefa cognitiva, refere melhor autoavaliação de saúde. O mesmo já não se observou no que refere à frequência da prática de atividade física que não se observou associada à autoavaliação.

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