Semina: Ciências Agrárias (Apr 2020)

Prevalência sorológica de diarreia viral bovina (BVD-1) em bovinos leiteiros não vacinados do município de Realeza-Paraná

  • Anderson Bedin,
  • Tatiane Sott,
  • Fagner Luiz da Costa Freitas,
  • Iucif Abrão Nascif Junior,
  • Juliana Moreira Rozolen,
  • Carlos Eduardo Fonseca-Alves,
  • Fabiana Elias

DOI
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n3p907
Journal volume & issue
Vol. 41, no. 3

Abstract

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A Diarreia Viral Bovina (BVD) é uma doença infectocontagiosa que acomete bovinos, responsável por causar uma ampla gama de manifestações clínicas, que variam desde infecções inaparentes ou subclínicas até uma doença aguda e, por vezes, fatal conhecida como Doença das Mucosas. O agente causal da BVD é um RNA vírus do gênero Pestivirus, e da família Flaviridae. A BVD é transmitida de duas formas distintas: horizontal, por secreções, e de forma vertical em vacas prenhes, ocorrendo transmissão da vaca para o feto. Os sinais clínicos dependem do animal acometido, de sua capacidade imunológica, e no caso de fêmeas prenhes, da fase de gestação que a mesma se encontra. Uma infecção no período gestacional pode resultar em várias alterações como: anomalias congênitas, aborto, ou até mesmo no nascimento dos chamados animais persistentemente infectados (PI), que são fontes de difícil detecção e que tem papel epidemiológico muito importante dentro do rebanho bovino. A região Sudoeste do Paraná possui a maior bacia leiteira do estado do Paraná, sendo composta, predominantemente, por pequenos produtores, sendo que muitos destes, adotam medidas que aumentam o risco sanitário do seu rebanho. Objetivou-se com este estudo, delinear a prevalência sorológica de bovinos leiteiros não vacinados do município de Realeza-PR, perante o vírus da BVD-1, bem como, avaliar odds ratio, risco relativo e atribuído as variáveis independentes: raça, idade e comunidade em estudo. Para tal, 317 amostras de soro sanguíneo provenientes de fêmeas não vacinadas, de 18 diferentes propriedades, raças e idades foram avaliadas por meio de vírus neutralização para a detecção de anticorpos específicos a BVD-1. Os resultados demonstram que 17, 03% dos animais (54/317) foram positivos a sorologia de BVD-1, sendo que em 82,33 % (15/18) das propriedades havia ao menos um animal positivo. Animais da raça Jersey e da comunidade de linha Barra do Sarandi, obtiveram os maiores riscos epidemiológicos, com grande associação a infecção de BVD-1.

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