Revista Eletrônica Teccen (Dec 2019)

Análise do comportamento de estruturas de concreto com fibra de polipropileno sob flexão

  • Viviane Alves Silva,
  • Reinaldo Ferreira da Costa Júnior,
  • Ana Carolina da Silva Lima Vianna,
  • Nirvana Bartko,
  • Adauri Silveira Rodrigues Júnior,
  • Gustavo José da Costa Gomes

DOI
https://doi.org/10.21727/teccen.v12i2.1997
Journal volume & issue
Vol. 12, no. 2
pp. 23 – 29

Abstract

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O concreto possui uma série de qualidades, tais como excelência à resistência à água (comparado com outros materiais estruturais), facilidade na execução, devido ao seu estado fluido, permitindo variabilidade de formas e tamanhos, disponibilidade e baixo custo dos ingredientes e o baixo consumo de energia para sua produção, o que lhe garante um local de destaque sendo o material estrutural mais empregado no mundo. Entretanto, o concreto ainda apresenta certas limitações, como por exemplo, o comportamento frágil nas estruturas e uma capacidade minimizada de deformação, em regime plástico. O concreto apresenta ainda uma baixa resistência à tração quando igualado a sua resistência a compressão. Concordante à sua susceptibilidade a solicitações de flexão, aparecem no concreto fissuras e as microfissuras na região tracionada. Umas das soluções técnicas possíveis para minimizar essas limitações é o uso de fibra como reforço no concreto, que lhe garante comportamento dúctil frente aos esforços solicitante. O presente estudo tem por objetivo analisar os resultados obtidos através do ensaio de flexão de três pontos de corpos de prova prismáticos elaborados com concreto simples e outros com concreto incorporado com fibra de polipropileno. Para realizar a análise foram utilizados traços de 40 MPa e 20 MPa de fck. Concluiu-se que a adição de fibra de polipropileno em uma matriz cimentícia, mesmo com um corpo de prova com um fck inferior, diminui a fragilidade que o corpo tem após o tempo de cura. Assim, mostra que tão importante quanto o fator de compressão do concreto, é o seu comportamento à ductilidade, o que lhe confere maior resistência à tração, uma vez que os elementos estruturais sempre estão submetidos a ações combinadas de esforços.