Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

PERSPECTIVAS ESPERANÇOSAS NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA: COMO ESTÃO SENDO USADAS AS CAR-T CELLS PARA COMPREENDER A MELHORA E CURA DO QUADRO ONCO HEMATOLÓGICO

  • JF Salvoni,
  • SZ Jorge,
  • RC Almeida,
  • MR Oliveira,
  • I Finarde,
  • ERC Chiappetta,
  • AS Souza,
  • GF Marcelino,
  • ACF Carlos,
  • EEC Arruda

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S315 – S316

Abstract

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Introdução: A leucemia é caracterizada pelo crescimento descontrolado de células anormais na medula óssea. Avanços recentes nas terapias com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) representam uma abordagem inovadora no tratamento de cânceres hematológicos, mostrando capacidade de erradicá-los e gerar respostas clínicas eficazes e duráveis. Este artigo explora como as células CAR-T estão sendo usadas para compreender e potencialmente curar quadros onco-hematológicos. Objetivo: Discutir o uso de células CAR-T no tratamento da leucemia e explorar como essa tecnologia contribui para o bom prognóstico dos pacientes ao abordar inovações, resultados clínicos e desafios presentes no uso desta técnica. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de artigos sobre o uso de células CAR-T no tratamento de quadros onco-hematológicos publicados de 2021 a 2024. Utilizou-se a base de dados PUBMED e o critério de inclusão foram artigos que abordassem o tema exposto, de impacto internacional e com os termos CAR-T Cell; Leucemia; Leukemia. Foram selecionados cinco artigos para análise. Resultados: A tecnologia no tratamento com células T do receptor de antígeno quimérico (CAR) mostrou-se eficaz na remissão em pacientes com cânceres hematológicos, como a leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloide crônica, com taxas de remissão completa de 42% a 100% e parcial de 28,5%, oferecendo controle a longo prazo e melhora na qualidade de vida. No entanto, a terapia CAR-T pode causar efeitos colaterais como a síndrome de liberação de citocinas (CRS) e neurotoxicidade. Discussão: As células CAR-T têm demonstrado resultados promissores no tratamento da leucemia, com taxas de remissão completa entre 42% e 100% e remissão parcial de 28,5% (Li, 2022; Badar, 2022). Esses resultados refletem a capacidade das células CAR-T de direcionar antígenos em células malignas (Li, 2022). A identificação de antígenos-alvo adequados, especialmente na leucemia mieloide aguda, é crucial para diminuir efeitos colaterais e aumentar a eficácia do tratamento (Li, 2022). No entanto, a terapia CAR-T não está isenta de desafios. Efeitos colaterais, como a síndrome de liberação de citocinas (CRS) e neurotoxicidade, são comuns e requerem manejo cuidadoso (Li, 2022; Badar, 2022). A durabilidade e persistência das respostas positivas das células CAR T ainda são uma área de interesse (Badar, 2022). A utilização dessas células como uma ponte para transplantes é benéfica para pacientes com doenças recidivantes e refratárias (Badar, 2022). Em suma, enquanto as terapias com células CAR-T oferecem uma boa perspectiva para a cura da leucemia, a otimização dos alvos terapêuticos, o entendimento das dinâmicas celulares pós-infusão e a mitigação dos efeitos colaterais continuam sendo áreas importantes de pesquisa (Badar, 2022; Lee, 2023). Conclusão: Nota-se um impacto positivo das terapias CAR-T nos tratamentos onco-hematológicos. Quando usadas no tratamento de leucemias, essas terapias mostram altas taxas de remissão completa e significativa remissão parcial, proporcionando controle a longo prazo e melhorando a qualidade de vida. Apesar dos desafios dos efeitos colaterais, é crucial avançar em estudos para otimizar essas terapias e maximizar seus benefícios clínicos.