Literatura e Sociedade (Dec 2012)
Nerval, poeta do renascimento
Abstract
Em 1830 Nerval publica uma Antologia de poemas de Ronsard (…) que, juntamente com a Antologia de poemas alemães, do mesmo ano, constitui um díptico no qual se apresentam as duas faces de um manifesto por uma poesia popular, nacional – e romântica. A inspiração renascentista se prolonga na própria escrita nervaliana: nas Odelettes, recordação de uma época na qual Nerval “ronsadizava”; nos sonetos das Quimeras [Chimères] nos quais Nerval “solda” o seu verso a partir do verso de Du Bartas; na prosa de Sylvie, narrativa ligada ao Sonho de Polifilo de Francesco Colonna, embora a novela nervaliana nos faça adentrar um universo literário no qual a alegoria renascentista já não pode mais funcionar tão eficazmente.
Keywords