Revista Uningá (Sep 2013)

Estudo epidemiológico das fissuras labiopalatinas na Bahia

  • MARIA DA CONCEIÇÃO ANDRADE DE FREITAS,
  • TIAGO SANTOS BATISTA,
  • MÔNICA CILER GOMES PEREIRA,
  • MARIANNA MENDONÇA BRANDÃO,
  • LÍVIA VAZ SAMPAIO MARIANETTI,
  • PAULO PLESSIN DE ALMEIDA

Journal volume & issue
Vol. 37, no. 1

Abstract

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As fissuras labiopalatinas atingem a face média pela ruptura do lábio e/ou palato. São reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde como um relevante problema de saúde pública. Objetivo: Descrever os casos de fissuras labiopalatinas ocorridos na Bahia, quanto o gênero, tipo de fissura, síndromes associadas, etnia e localização geográfica. Metodologia: Os dados foram retirados dos prontuários do Centro de Anomalias Craniofaciais das Obras Sociais Irmã Dulce entre 2000 e 2010. Resultados: Dos 1752 pacientes analisados, 52,3% eram do gênero masculino e 47,7% feminino, sem diferença estatisticamente significativa. A fissura transforame incisivo teve a maior prevalência (47,3%), sendo o lado esquerdo o mais afetado. Houve predominância de 53% nas fissuras unilaterais. Da amostra total, 1,1% estavam relacionadas a síndromes. A de Pierre Robin foi a mais prevalente e todo os casos estavam associados a fissura pós-forame incompleta. Quanto à etnia, as maiores taxas foram negra (30%) e parda (23,7%). A maioria dos casos registrados reside nos municípios do interior da Bahia. Conclusão: Estes resultados fornecem instrumentos epidemiológicos para que os gestores de saúde pública estabeleçam protocolos de prevenção e tratamento interdisciplinar para anomalias craniofaciais.