Revista de Saúde Pública (Dec 2009)

Letalidade e complicações de angioplastias em hospitais públicos no Rio de Janeiro, RJ Letalidad y complicaciones de angioplastias en hospitales públicos en Rio de Janeiro, Sureste de Brasil In-hospital mortality and complications after coronary angioplasty, City of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil

  • Ana Luisa Rocha Mallet,
  • Glaucia Maria Moraes de Oliveira,
  • Carlos Henrique Klein,
  • Márcio Roberto Moraes de Carvalho,
  • Nelson Albuquerque de Souza e Silva

Journal volume & issue
Vol. 43, no. 6
pp. 917 – 927

Abstract

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OBJETIVO: Estimar a prevalência de letalidade e de complicações decorrentes de angioplastia coronariana em hospitais públicos. MÉTODOS: Foram analisados dados obtidos no Sistema de Autorização Hospitalar do Sistema Único de Saúde referentes aos 2.913 procedimentos de angioplastia coronariana realizados no município do Rio de Janeiro, RJ, de 1999 a 2003. Após amostragem aleatória simples e ponderação de dados, foram analisados 529 prontuários de pacientes, incluindo todos os óbitos, submetidos à angioplastia coronariana em quatro hospitais públicos: federal de ensino, estadual de ensino, federal de referência e estadual de referência. Os testes de comparação entre as letalidades segundo características dos pacientes, co-morbidades, complicações, tipos e indicações de angioplastia coronariana foram feitas com modelos de regressão de Poisson. RESULTADOS: A letalidade cardíaca geral foi de 1,6%, variando de 0,9% a 6,8%. De acordo com grupo etário, a letalidade foi: 0,2% em pacientes com idade inferior a 50 anos; 1,6% entre 50 e 69; e 2,7% acima de 69 anos. A letalidade na angioplastia coronariana primária e de resgate foram elevadas, 17,4% e 13,1%, respectivamente; nas angioplastias eletivas foi de 0,8%. As principais complicações foram dissecção (5% dos pacientes, letalidade cardíaca = 11,5%) e oclusão do vaso (2,6%; letalidade cardíaca = 21,8%). Sangramento ocorreu em 5,9% dos pacientes (letalidade = 5,6%) e em 3,0% houve necessidade de transfusão (letalidade = 12,0%). Infarto agudo aconteceu em 1,1% com letalidade de 38% e o acidente vascular encefálico indicou uma letalidade de 17,5%. CONCLUSÕES: A letalidade foi elevada para as angioplastias primárias e de resgate nos quatro hospitais públicos estudados no período de 1999-2003. As angioplastias coronarianas eletivas apresentaram letalidade e complicações acima do esperado.OBJETIVO: Estimar la prevalencia de letalidad y de complicaciones decurrentes de angioplastia coronaria en hospitales públicos. MÉTODOS: Fueron analizados datos obtenidos en el Sistema de Autorización Hospitalaria del Sistema Único de Salud referentes a los 2.913 procedimientos de angioplastia coronaria realizados en el municipio de Rio de Janeiro, Sureste de Brasil, de 1999 a 2003. Posterior al muestreo aleatorio simple y ponderación de datos, fueron analizados 529 prontuarios de pacientes, incluyendo todos los óbitos, sometidos a la angioplastia coronaria en cuatro hospitales públicos: federal de enseñanza, estatal de enseñanza, federal de referencia y estatal de referencia. Las pruebas de comparación entre las letalidades según características de los pacientes, co-morbidades, complicaciones, tipos e indicaciones de angioplastia coronaria fueron hechas con modelos de regresión de Poisson. RESULTADOS: La letalidad cardiaca general fue de 1,6%, variando de 0,9% a 6,8%. De acuerdo con grupo etario, la letalidad fue: 0,2% en pacientes con edad inferior a 50 años; 1,6% entre 50 y 69; e 2,7% encima de 69 años. La letalidad en la angioplastia coronaria primaria y de rescate fueron elevadas, 17,4% y 13,1%, respectivamente; en las angioplastias electivas fue de 0,8%. Las principales complicaciones fueron disección (5% de los pacientes, letalidad cardiaca = 11,5%) y oclusión del vaso (2,6%; letalidad cardiaca = 21,8%). Sangramiento ocurrió en 5,9% de los pacientes (letalidad = 5,6%) y en 3,0% hubo necesidad de transfusión (letalidad = 12,0%). Infarto agudo sucedió en 1,1% con letalidad de 38% y el accidente vascular encefálico indicó una letalidad de 17,5%. CONCLUSIONES: La letalidad fue elevada para las angioplastias primarias y de rescate en los cuatro hospitales públicos estudiados en el período de 1999-2003. Las angioplastias coronarias electivas presentaron letalidad y complicaciones encima de lo esperado.OBJECTIVE: To estimate in-hospital mortality and prevalence of complications of percutaneous transluminal coronary angioplasty (PTCA) in public hospitals. METHODS: Data for 2,913 PTCA were obtained from the Brazilian National Health System (SUS) Hospital Authorization Database in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil, between 1999 and 2003. After simple random sampling and data weighting, 529 medical records of patients undergoing PTCA, including all deaths, in four public hospitals (federal and state university, and federal and state reference hospitals) were studied. Comparison tests of mortality according to patient characteristics, comorbidities, complications, types of PTCA procedures, and indications for PTCA were performed using Poisson's regression models. RESULTS: The overall in-hospital mortality was 1.6% (range: 0.9-6.8%). The age distribution of mortality was as follows: 0.2% in patients younger than 50; 1.6% in those 50-69; and 2.7% in those older than 69. High mortality was seen in primary and rescue PTCAs: 17.4% and 13.1%, respectively; and mortality in elective PTCA was 0.8%. The main complications during PTCA were dissection (5%; mortality: 11.5%) and artery occlusion (2.6%; mortality: 21.8%). Bleeding was seen in 5.9% of the patients (mortality: 5.6%) and 3.0% required blood transfusion (mortality: 12.0%). The complication of acute myocardial infarction was seen in 1.1% of patients (mortality: 38%) and stroke was associated with a mortality of 17.5%. CONCLUSIONS: The cardiac in-hospital mortality was high when PTCA was performed for a patient with ST elevation acute myocardial infaction. Elective PTCA had mortality and complications levels above the expected in four public hospitals in the main city of Rio de Janeiro

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