Revista Brasileira em Promoção da Saúde (Oct 2020)
Fatores associados à autopercepção de saúde entre idosos de grupos comunitários
Abstract
Objetivo: Investigar a associação entre a autopercepção negativa de saúde e características individuais entre idosos de grupos comunitários do Sudeste do Brasil. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado entre os anos 2014 a 2017, com amostra de 157 idosos participantes de 2 grupos de convivência de dispositivos sociais e/ou religiosos da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Por meio de um questionário estruturado, baseado em questões utilizadas em inquérito populacional e de aferição de medidas antropométricas de peso, altura e circunferência da cintura (CC), avaliou-se a autopercepção de saúde (variável resposta) por meio da seguinte pergunta: o(a) senhor(a) diria que sua saúde está: ruim, razoável, boa ou muito boa? As respostas foram categorizadas em autopercepção de saúde negativa (ruim e razoável) e positiva (boa e muito boa). Realizaram-se estatísticas descritivas, testes Mann-Whitney, Fisher e qui-quadrado e regressão logística multivariada. Resultados: A proporção de autopercepção negativa de saúde foi de 32,5%. A autopercepção negativa de saúde associou-se à menor renda (OR=5,02; IC95%: 2,08 - 12,08), à inatividade física (OR=3,51; IC95%: 1,26 - 9,78) e à presença de duas ou mais doenças (OR=4,96; IC95%: 2,10 - 11,72), independentemente da idade e do sexo. Conclusão: A autopercepção negativa de saúde associou-se à menor renda familiar, à inatividade física e à presença de duas ou mais doenças associadas.
Keywords