Intexto (Sep 2020)

A crueldade e o erotismo sacroprofanos na trilogia da depressão de Lars von Trier

  • Leda Tenório da Motta,
  • Marcelo dos Santos Matos

DOI
https://doi.org/10.19132/1807-8583202050.74-89
Journal volume & issue
Vol. 0, no. 50
pp. 74 – 89

Abstract

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O presente trabalho tem como objeto de estudo a Trilogia da Depressão do cineasta dinamarquês Lars von Trier. A trilogia é composta pelos filmes Anticristo (Antichrist, 2009), Melancolia (Melancholia, 2011) e Ninfomaníaca (Nymphomaniac, 2013). Mais especificamente, elege para análise três aspectos recorrentes do referido corpus:a função do prólogo, a comunhão das personagens com a natureza e a violência das relações. O referencial teórico alinha autores responsáveis por reflexões clássicas sobre o sagrado, a crueldade e o erotismo que são Mircea Eliade (2010), Antonin Artaud (2006) e Georges Bataille (2014). A intenção é realizar uma leitura à luz do conceito elidiano de Sacroprofano. O mesmo suspende a diferença que separa as missas negras da fé, assim, com os amálgamas do paradoxo, o sacroprofano se sustenta na linha tênue entre os interditos e transgressões, entre o contínuo e o descontínuo e na epifania da imagem.

Keywords