Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DA ALOIMUNIZAÇÃO EM TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS: PRINCIPAIS FATORES DE RISCO E PREVALÊNCIAS

  • LA Moraes,
  • IS Sousa,
  • KSF Araújo,
  • RFP Filho,
  • GS Nobre,
  • TT Monteiro,
  • MA Simões,
  • AG Esmeraldo,
  • AFB Macedo,
  • VD Porto

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S1096 – S1097

Abstract

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Objetivos: Objetiva-se, mediante revisão de literatura, reunir os principais fatores de risco e a prevalência da aloimunização, com o fito de analisar estratégias para reduzir o acontecimento desse fenômeno em transfusões sanguíneas. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária realizada mediante análise de artigos publicados entre os anos de 2019 e 2024 , obtidos por meio da base de dados PubMed. Para isto, utilizou-se as palavras-chave: “Blood Transfusion”e “Transfusion Reaction”. Resultados: Nota-se que a aloimunização é um processo que ocorre no corpo no qual ele responde a antígenos estranhos, algo que acontece devido a sensibilização das transfusões sanguíneas, haja vista que além do sistema ABO e do fator RH existem mais de 30 sistemas contendo um número superior que 300 antígenos de diferentes grupos sanguíneos, então quando ocorre uma transfusão na qual o sangue não seja totalmente compatível com o do receptor há chances do sistema imune reagir criando os aloanticorpos e que pode gerar uma resposta do organismo que na próxima vez que o corpo tiver contato com o antígeno. Para que ocorra essa reação do corpo é necessário que ocorra várias transfusões, pois as chances de ocorrer na primeira transfusão é de apenas 1%. Por esse motivo são adotadas algumas estratégias para reduzir a aloimunização como a fenotipagem, genotipagem e compatibilização dos antígenos, haja vista que ao fazer isso se é certificado que o sangue transfundido seja quase inteiramente semelhante ao sangue do receptor, evitando reações adversas, além da implantação de um programa de hemácias fenotipadas na rotina transfusional que mesmo que seja um método caro seria muito útil, principalmente para aqueles pacientes politransfusos e, assim, aumentando o risco de ocorrer a aloimunização, sendo de extrema importância que métodos como a implantação de um programa de hemácias fenotipadas sejam implantados. Discussão: Sabe-se que a transfusão sanguínea é um procedimento essencial no manejo de pacientes com hemoglobinopatias crônicas, síndromes hereditárias de disfunção medular e anemia falciforme, por exemplo. Alguns fatores de risco foram associados a maior probabilidade deste evento adverso, a exemplo de incompatibilidade entre receptor e doador, idade do receptor na primeira transfusão e o uso de hemácias não combinadas. Para reduzir os números de reações transfusionais, as técnicas de fenotipagem e genotipagem são indicadas. A fenotipagem detalhada examina vários sistemas de grupos sanguíneos além do ABO e RhD, como Kell, Duffy, Kidd e MNS. Ao mapear esses antígenos, é possível evitar a aloimunização. Observou-se que a genotipagem é capaz de fornecer um perfil de correspondência mais amplo e revelou alelos divergentes. Além disso, a genotipagem permite a seleção de unidades de sangue com menos probabilidade de causar reações transfusionais hemolíticas, identificando antígenos ou variantes que são difíceis de identificar por métodos sorológicos. Observa-se, então, a importância de um processo criterioso na preparação de hemácias transfundidas. Conclusão: Conclui-se que a aloimunização é um risco significativo em pacientes que necessitam de múltiplas transfusões sanguíneas. Para minimizar esse risco, estratégias são cruciais para garantir que o sangue transfundido seja o mais compatível possível com o do receptor, especialmente em pacientes politransfundidos.