Revista Brasileira de Anestesiologia (Jun 2010)

Osteogenesis Imperfecta em obstetrícia: Relato de caso Osteogénesis Imperfecta en obstetricia: Relato de caso Osteogenesis Imperfecta in pregnancy: Case report

  • Ticiana Goyanna Lyra,
  • Vanessa Alves Fernandes Pinto,
  • Fábio André Barbosa Ivo,
  • Jedson dos Santos Nascimento

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-70942010000300011
Journal volume & issue
Vol. 60, no. 3
pp. 321 – 324

Abstract

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JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Osteogenesis Imperfecta é uma condição rara, principalmente em pacientes obstétricas. A prevalência estimada é de 1/10.000 na população geral e 1/25.000 a 30.000 em pacientes obstétricas. O objetivo deste artigo foi relatar caso raro de gestante a termo, portadora de Osteogenesis Imperfecta, submetida à operação cesariana. RELATO DO CASO: Gestante de 23 anos, idade gestacional 38 semanas, admitida na maternidade com quadro de perda de líquido amniótico e contrações há 4 horas da admissão associado à ausência de movimentos fetais há 4 dias. Portadora de Osteogenesis Imperfecta forma leve, sem outras comorbidades associadas, não fazia uso de medicações nem acompanhamento pré-natal. Submetida à raquianestesia no interespaço L3-L4, mediana, punção única com agulha de Quincke 27G e injeção de bupivacaína 0,5% hiperbárica (10 mg) e morfina (60 µg). Alta no segundo dia pós-operatório sem queixas. CONCLUSÕES: A fertilidade está preservada, principalmente naquelas pacientes com o tipo I da doença, e a gestação pode ser conduzida até o termo. O parto geralmente é cirúrgico devido a deformidades pélvicas da gestante, desproporção cefalopélvica e incidência aumentada de anormalidades na apresentação fetal. A importância do anestesiologista na equipe está no manejo perioperatório e na escolha da técnica anestésica mais apropriada a cada paciente.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La Osteogénesis imperfecta es una condición rara, principalmente en pacientes obstétricas. La prevalencia estimada es de 1/10.000 en la población general y 1/25.000 a 30.000 en pacientes obstétricas. El objetivo de este artículo, fue relatar un caso raro de gestante a término portadora de osteogénesis imperfecta sometida a operación por cesárea. RELATO DEL CASO: Gestante de 23 años, edad gestacional 38 semanas, admitida en maternidad con un cuadro de pérdida de líquido amniótico y contracciones hacía ya 4 horas desde que llegó a admisión, asociado a la ausencia de movimientos fetales hacía 4 días. Paciente portadora de osteogénesis imperfecta forma leve, sin otras comorbidades asociadas, no usaba medicaciones ni poseía seguimiento prenatal. Fue sometida a la raquianestesia en el interespacio L3-L4, mediana, punción única con aguja de Quincke 27G e inyección de bupivacaína 0,5% hiperbárica (10 mg) y morfina (60 µg). Recibió alta en el 2º día del postoperatorio sin quejidos de dolor. CONCLUSIONES: La fertilidad está preservada, principalmente en las pacientes con el tipo I de la enfermedad, y la gestación puede ser conducida hasta el final. El parto generalmente es quirúrgico y debido a deformidades pélvicas de la embarazada, desproporción céfalopélvica, e incidencia aumentada de anormalidades en la presentación fetal. La importancia del anestesista en el equipo está en el manejo perioperatorio y en la elección de la técnica anestésica más apropiada para cada paciente.BACKGROUND AND OBJECTIVES: Osteogenesis Imperfecta is a rare condition, especially in obstetric patients. It has an estimated prevalence of 1/10,000 in the general population, and 1/25,000 to 30,000 in obstetric patients. The objective of this report was to present a rare case of a pregnant woman with Osteogenesis Imperfecta undergoing cesarean section. CASE REPORT: This is a 23 years old gravida on the 38th week, admitted to the maternity ward with loss of amniotic fluid and contractions for four hours, associated with the absence of fetal movements for four days. The patient had a mild form of Osteogenesis Imperfecta without other comorbidities. She was not taking any medication, and she did not have prenatal follow-up. The patient underwent spinal anesthesia in the L3-L4 space, median approach, with a single puncture with a 27G Quincke needle and the administration of hyperbaric 0.5% bupivacaine (10 mg) and morphine (60 µg). She was discharged in the second postoperative day without complaints. CONCLUSIONS: Fertility is preserved, especially in those patients with type I of the disease, and pregnancy can be carried to term. Delivery is usually surgical due to pelvic deformities in the gravida, cephalopelvic disproportion, and increased incidence of abnormal fetal presentation. The importance of the anesthesiologist in the surgical team relies on the perioperative management and the choice of the most appropriate anesthetic technique for each patient.

Keywords