Revista Brasileira de Cancerologia (Sep 2001)

Biópsia de Linfonodo Sentinela - Experiência Clínica

  • Wagner Antonio Paz,
  • Soraya de Paula Paim,
  • Gustavo Lanza de Mello,
  • Kerstin Kapp Rangel,
  • Rodrigo Campos Christo,
  • Robson Gonçalves,
  • Maria Eulália Silva,
  • Adelanir Antônio Barroso,
  • Antônio Francisco de Souza

DOI
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2001v47n3.2310
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 3

Abstract

Read online

A dissecção axilar representa hoje um dos tópicos mais controversos no tratamento do câncer de mama inicial. Paralelamente à necessidade do estadiamento axilar acurado está a elevada morbidade associada à linfadenectomia convencional. A biópsia de linfonodo sentinela está emergindo como um método de amostragem axilar seletiva, minimamente invasivo e altamente sensível para a identificação de metástases. Relatamos a experiência clínica inicial de nosso Serviço com a aplicação da técnica em 47 pacientes portadoras de câncer de mama, no período de dois anos. A linfocintilografia, utilizada como método de identificação do linfonodo sentinela, foi bem sucedida em 95,7% dos casos. A identificação do(s) linfonodo(s) de captação significativa foi possível em 91% das pacientes com linfocintilografia positiva. A média de LNS obtidos por paciente foi de 1,6. A análise histopatológica detalhada dos LNS foi obtida por cortes seriados. A imuno-histoquímica foi utilizada como método adicional em 12 casos. Houve apenas um caso de acometimento do linfonodo sentinela, no qual foi realizada dissecção axilar complementar. Neste caso, o linfonodo sentinela foi confirmado como único linfonodo axilar comprometido. Em nosso Serviço, a biópsia de linfonodo sentinela tornou-se o método padrão de abordagem axilar em pacientes portadoras de câncer de mama inicial com axila clinicamente negativa.

Keywords