Cadernos de Saúde Pública (May 2011)

Usos da noção de subjetividade no campo da Saúde Coletiva Uses of the concept of subjectivity in Public Health

  • João Leite Ferreira Neto,
  • Luciana Kind,
  • Alessandra Barbosa Pereira,
  • Maria Carolina Costa Rezende,
  • Marina Lanari Fernandes

DOI
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2011000500002
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 5
pp. 831 – 842

Abstract

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Analisa-se o uso da noção de subjetividade no campo da saúde coletiva associada às condições históricas e institucionais que o demandaram. A busca em periódicos específicos da área e livros de referência constituiu-se como estratégia metodológica central. Identificamos três funções no uso do conceito de subjetividade, associando-as primariamente às suas variáveis externas (trajetória do movimento sanitário e institucionalização do SUS), e secundariamente às variáveis internas (lógica do campo teórico-conceitual). As funções identificadas discutem a subjetividade (1) como elemento para se pensar a ação social de sujeitos políticos engajados no projeto da Reforma Sanitária; (2) como estratégia de problematizar o cuidado e a gestão como práticas intersubjetivas; (3) como substrato para a produção de autonomia nos indivíduos e coletivos. Em suas variáveis externas, as três funções se estabelecem como processos de construção de estratégias micro e macropolíticas em prol da consolidação do SUS.This article analyzes the use of the concept of subjectivity in the public health field, associated with the historical and institutional conditions that demanded it. The main methodological strategy was a search in specific journals and reference books from the field. We identified three functions in the use of the concept of subjectivity, associating them primarily with external variables (trajectory in the health movement and institutionalization of the Unified National Health System - SUS) and secondarily with internal variables (logic of the theoretical/conceptual field). The functions discuss subjectivity as: (1) an element for conceiving the social action by political actors in the Health Reform project; (2) a strategy for problematizing health care and management as inter-subjective practices; and (3) a substrate for the production of autonomy for individuals and collectives. In their external variables, the three functions are established as processes for building micro and macro policies for the consolidation of the SUS.

Keywords