Revista PerCursos (Feb 2014)
“Prefiro um filho morto do que um filho viado”: algumas implicações de quando a homofobia é familiar
Abstract
A situação de discriminação e preconceitos já tem sido alvo de vários estudos a fim de produzir conhecimento e tentativas de superação dessa situação. No que diz respeito ao gênero e principalmente à orientação sexual, tem sido gerado algum debate e elaboração de materiais didáticos com o intuito de combater o bullying homofóbico, cujas dimensões no campo da formação em educação dos sujeitos vêm sendo cada vez mais estudadas. Observando com mais cuidado o âmbito privado busco visibilizar algumas famílias em que existe divergência de orientação sexual entre pais e filhos, para pensar alguns dos desdobramentos que afetam as relações e as possibilidades de conciliá-las ou não com os valores da rede social, círculo familiar e de parentesco e suas implicações nessas histórias de vida juvenis. Por isso busquei no aparato metodológico da Antropologia e no documentário “Quenda” o tratamento dado ao tema parentesco para analisar um pouco da trajetória de três jovens.